O delegado Antônio Marques começa a ouvir hoje testemunhas que estavam no local do acidente; motorista já confessou o crime
DIG começa a ouvir hoje as testemunhas que estavam no local do atropelamento Foto: Arquivo/A Cidade
Aline Ruiz
O atual delegado responsável pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, Antônio Marques do Nascimento, começa a ouvir hoje (12) as testemunhas do atropelamento que matou duas pessoas na madrugada do último domingo (10), na avenida Emílio Arroyo Hernandes. Marcos Antônio do Prado, 49 anos, e Paulino de Andrade, 55 anos, morreram após serem atingidos pela caminhonete que era conduzida por Plínio Bergamo Pinho, 26 anos.
Em conversa com o A Cidade, o delegado afirmou que não foi possível identificar a velocidade que o veículo estava por meio da análise técnica do radar. “Isso pode ter ocorrido porque ele passou abaixo da velocidade pelo radar ou pode ter causado algum problema e a velocidade não foi identificada”, explicou.
Agora, continuou o delegado, três testemunhas que estavam no local e mais alguns policiais que estavam presentes serão ouvidas. “Vamos ouvir as pessoas para entender o que aconteceu no momento do acidente, se o motorista estava correndo, onde as vítimas estavam no momento do acidente, se tinha alguém bêbado, entre outros detalhes que são importantes para o caso”, afirmou.
O Dr. Antônio Marques afirmou que ontem as investigações estavam voltadas para a pessoa que levou Plínio para a cidade de Jales, após o mesmo esconder a caminhonete em sua casa, no Jardim Itália. “Isso seria caracterizado como crime, já a pessoa teria ajudado o condutor a ‘fugir’. Mas já descobrimos que quem o levou foram os dois advogados”, comentou.
Para o delegado, a autoria já foi esclarecida, por isso a velocidade que o condutor estava não é o mais importante neste caso. “Ele já confessou que atropelou as duas pessoas. A velocidade está sendo questionada porque o condutor afirmou que estava a 40 km/h, o que é algo contraditório devido à consequências do acidente. Mas agora vamos aguardar outros laudos técnicos ficarem prontos para que possamos ver se foi possível calcular a velocidade ou não, caso contrário, continuaremos ouvindo as testemunhas”, completou.
Ainda não há previsão de quando o caso será repassado para o 2º Distrito Policial, onde lá ele ficará responsável pela delegada Karina Tirapeli.
O acidente
O acidente aconteceu por voltar da 0h10, na avenida Emílio Arroyo Hernandes, próximo ao prolongamento. Segundo informações da Polícia Militar de Votuporanga, as vítimas foram atropeladas por uma caminhonete S-10 no momento em que atravessaram a via.
Paulino de Andrade foi arremessado a cerca de 20 metros do local do acidente, teve a perna esquerda decepada com o impacto e morreu na hora. Já Marcos foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a Santa Casa de Votuporanga, mas também não resistiu.
O motorista
Segundo Dr. Antônio Marques, após esconder a caminhonete em sua casa, no bairro Jardim Itália, Plínio foi com os dois advogados para Jales. No domingo (10), após os policiais de Votuporanga encontrarem o veículo, o rapaz se apresentou na delegacia de Jales, foi ouvido, o delegado daquela cidade entendeu que não houve flagrante e ele foi liberado.
O advogado do rapaz, André de Paula Viana, disse para o A Cidade que no momento aguarda o inquérito policial para se pronunciar sobre o caso.