Desse número, 26 são por tráfico de drogas e 22 por porte de entorpecentes; no total, mais de 11 quilos de drogas foram apreendidos
A Polícia Militar combate diariamente, por meio das equipes da Força Tática e Rocam, o tráfico de drogas no município
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Militar de Votuporanga combate diariamente, por meio das equipes da Força Tática e Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas), o tráfico de drogas no município. Em entrevista para o A Cidade, o tenente Ozário falou sobre o trabalho realizado pelos policiais e apresentou um balanço desses três primeiros meses do ano, no período de 1º de janeiro a 24 de março. Para ele, o que mais chama a atenção é o número de ocorrências de drogas feitas neste pouco tempo, 48 no total.
De acordo com as informações repassadas pelo tenente, das 48 ocorrências realizadas, 26 foram por tráfico de drogas e 22 por porte de entorpecentes. “Com isso, apreendemos 11 quilos e 671 gramas de entorpecentes. A quantidade parece que é pouca, mas o número de ocorrências demonstra o tanto que estamos tentando coibir esse tipo de crime na cidade”, disse.
O número de ocorrências é diferente do número de pessoas que foram presas e apreendidas. “Isso acontece porque em uma ocorrência de tráfico, por exemplo, três pessoas estão envolvidas e são presas, por isso o número acaba sendo maior que as ocorrências na maioria dos casos”, explicou.
Até o momento, o tenente afirmou que 23 maiores de idade foram presos por tráfico de drogas, enquanto quatro menores foram apreendidos. Já nas ocorrências de porte de entorpecentes, foram 13 maiores envolvidos e nove menores. “Nesse caso de porte de entorpecentes, pode ser que muitos desses são traficantes, porém não foi constatado ou o delegado achou que não deveria fazer o tráfico e fez o porte, isso pode acontecer”, completou.
Combate
O tenente explicou como funciona a divisão de trabalhos dos policiais em Votuporanga e como é realizado o combate do tráfico de drogas. A Polícia Militar divide a cidade em quatro setores, sendo que todos são divididos e têm prioridades de patrulhamento. “Temos viaturas que cobrem cada um dos quatro setores e atendem o 190, e temos duas viaturas com um sargento e um tenente percorrendo as ruas. Todos eles atendem todas as ocorrências que aparecerem”, destacou.
Com relação ao combate do tráfico, o tenente afirmou que existe as equipes especializadas neste serviço, que são as da Força Tática e da Rocam. “Nós combatemos com outro tipo de patrulhamento, que são as operações. Então esse policial não sai para atender ocorrências, ele sai para prevenir que algumas ocorrências aconteçam”, disse o tenente, ressaltando que as ocorrências mais usuais são furtos, furtos de veículo e tráfico de entorpecentes.
A grande sacada das da Polícia Militar nesses casos, de acordo com o tenente, é a ostensividade. “Se um cara está descendo para efetuar um roubo e vê a viatura da polícia, ele desiste daquilo que ia fazer, esse é o nosso serviço primordial, trabalhar ostensivamente para que não ocorram delitos”, afirmou.
O tenente citou outro exemplo que é muito comum acontecer pelas ruas da cidade. “Quando a pessoa está portando drogas e vê a viatura, ela de imediato se desfaz de tudo aquilo que pode ocasionar uma prisão, dessa forma, fica muito mais difícil realizar as prisões em flagrantes”.
Nessas situações, o tenente afirmou que os policias usam táticas diferentes para que as prisões possam acontecer. “A gente toma algumas cautelas quanto à ostensividade, chegamos de forma mais discreta, estacionamos um pouco antes do local e seguimos a pé para que o trabalho possa ser concluído”, revelou.
Denúncias
Curiosamente, o tenente afirmou que muitas prisões e apreensões de drogas só são possíveis graças às denúncias recebidas pelos policiais, o que não são poucas. “São denúncias anônimas, de vizinhos, informações que os próprios policiais que moram na cidade recebem de parentes e conhecidos, são muitas denúncias”, disse.
A partir das informações colhidas, continuou o tenente, o trabalho é intensificado nos locais denunciados. “Qualquer pessoas pode denunciar, mesmo que não há certeza absoluta que uma situação de tráfico, por exemplo, esteja acontecendo em uma casa. A partir das informações iremos investigar e observar o que pode ser feito”, concluiu.