Desencontro sobre escolta do réu pode não tornar possível a vinda dele a Votuporanga; advogados de defesa devem pedir adiamento
Problemas com a escolta de Buiú pode adiar julgamento
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O júri popular de João Henrique Rodrigues Cassiano, o Buiú, marcado para às 9h de hoje, no Fórum da Comarca de Votuporanga, pode ser adiado pelo segunda vez. Por conta de um desencontro de informações envolvendo a escolta do réu, existe a possibilidade de que não seja viabilizada a tempo a vinda dele para o julgamento. Na eventual ausência de Buiú, a defesa deve pedir o adiamento dos trabalhos.
Caso se confirme o cancelamento, será a segunda vez que o júri popular não é realizado. No dia 11 de novembro, primeira data marcada, o julgamento não ocorreu porque a penitenciária onde Buiú está preso passava por um surto de caxumba. Ainda assim, ele foi trazido pela escolta para Riolândia, onde aguardou por alguns dias.
Por motivos que não ficaram claros, Buiú foi levado de volta para a penitenciária no litoral antes do dia remarcado, ou seja, 6 de dezembro, e agora há a expectativa de que a escolta traga ele a tempo, ou não, para o júri de hoje. Se ele não estiver presente, o julgamento pode ocorrer, desde que os advogados de defesa abram mão de ouvir o depoimento dele no tribunal, o que não deve acontecer.
Se confirmada a ausência de Buiu, os advogados devem solicitar o adiamento e, com isso, o júri popular de João Henrique Rodrigues Cassiano deve ficar para 2017. Apesar disso, ontem a preparação do tribunal para o júri ocorreu normalmente.
Cadeiras para os 25 jurados que deverão comparecer para a formação do Conselho de Sentença, bem como de familiares do réu e vítima, foram reservadas. As demais vagas no tribunal serão distribuídas por meio de senhas, com preferência à estudantes de Direito.
Buiú é assassino confesso da ex-namorada, Aline Barbosa, 23 anos. Ele responde por ter matado a vítima com mais de dez golpes de canivete e de ter, na sequência, jogado a vítima da janela de um apartamento. O crime aconteceu em 2014.