Após ser condenado a 20 anos, João Henrique sorriu (A Cidade/Jociano Garofolo)
Jociano Garofolo
O comportamento de Buiú durante o julgamento chamou muito a atenção de todos os presentes no tribunal. Em seu depoimento, ele chegou a afirmar que teria esfaqueado Aline Barbosa por até 300 vezes “se ela não tivesse pulado da janela do apartamento”. Ao final da leitura da sentença, olhou para o público e para familiares e sorriu.
Em seu depoimento, Buiú surpreendeu por duas vezes. Quando dava detalhes sobre como matou Aline, comentou que não jogou ela pela janela do apartamento, mas que ela pulou enquanto levada os golpes de canivete. Ao contar isso, justificou que a queda dela evitou que levasse mais facadas.
Em seguida, ao final de seu interrogatório, Buiú perguntou ao juiz se poderia se dirigir aos jurados. Ao ser autorizado, o réu pediu que o julgassem apenas pelo crime que ele cometeu, e não influenciados pela morte de outra namorada, Mariângela Morais, em Santos. “Julguem-me pelo que eu fiz e não dêem ouvidos às mentiras que estão falando de mim”, afirmou.
Retirado do tribunal
Outro momento em que Buiú agiu de modo incomum foi durante a fala da promotora Renata França Cevidanes. No momento em que ela dizia aos jurados sobre a importância de se manter no veredicto as qualificadoras, João Henrique a interrompeu. De pronto, o juiz Jorge Canil ordenou que os agentes de segurança retirassem o réu do plenário, já que ele não poderia se manifestar naquele momento.
Ao final do julgamento, após a sentença que o condenou a 20 anos de prisão ser lida, Buiú, já de volta ao tribunal, olhou para o plenário, onde estavam a mãe Jonézia, familiares e o público em geral, e abriu um sorriso, como se mostrasse tranquilidade com o desfecho do julgamento.