Familiares acusam advogado Hery Kattwinkel de tê-las agredido com chutes e feito ameaça de morte; caso é investigado
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A notícia de um caso de violência doméstica, lesão corporal e ameaça causou grande repercussão na sociedade votuporanguense na data de ontem, por envolver um vereador eleito que deve assumir cadeira no Legislativo Municipal em 2017. Mãe e uma irmã do advogado Hery Kattwinkel (PTC) prestaram queixa na polícia acusando o rapaz de tê-las agredido após uma discussão. O caso teria ocorrido na tarde do último domingo (6).
Ontem, as vítimas e o suspeito realizaram exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). O caso é investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que abriu inquérito para apurar as ações do vereador eleito. A delegada que cuida do caso, Edna Rita de Oliveira Freitas, preferiu não se pronunciar, alegando que não dá detalhes à imprensa de casos envolvendo violência doméstica.
Segundo o boletim de ocorrência, tudo aconteceu às 17h49 do último domingo, em uma casa na rua Das Bandeiras, Vila Paes. Segundo o relato das vítimas, a Polícia Militar foi acionada para atender o caso de briga de família na residência.
Aos policiais, elas contaram que houve um desentendimento entre Hery e a mãe dele, R.C.C.K., de 54 anos. Em determinado momento da discussão, segundo a versão, o filho teria agredido a mulher com chutes.
Naquele momento, a filha C.H.K., de 27 anos, interveio no desentendimento, dizendo que estava filmando o agressor com a câmera do telefone celular dela. Por conta disso, Hery teria ido em direção à irmã e apertado o pescoço dela. Em seguida, batido a cabeça da moça contra o chão, causando-lhe lesões.
A irmã do vereador eleito também contou aos policiais que após as agressões, Hery teria fugido do local com o celular dela, com o propósito de inutilizar as provas filmadas. Já a mãe contou que quando ele estava deixando a casa, advertiu dizendo que iria “buscar uma arma”.
Eleito a vereador em outubro pelo PTC com 677 votos, Hery Kattwinkel também esteve na tarde de ontem no Primeiro Distrito Policial, onde na saída encontrou a reportagem do A Cidade. Em conversa informal, alegou que a história não é bem como está sendo divulgada pela mãe e a irmã, e que possui provas, alguns vídeos com conteúdo não revelado, que iriam provar fatos sobre a confusão.
Em seguida, agendou para às 16h uma entrevista no escritório de advocacia dele, que fica na avenida Fortunato Targino Granja, mas não compareceu ao compromisso para dar sua versão sobre os fatos. Ele também não respondeu mensagens e ligações efetuadas posteriormente pela reportagem.
