No mês passado, a DDM de Votuporanga apontou que a maioria das agressões acontece em casa
Delegacia de Defesa da Mulher listou os tipos de ocorrências mais comuns
Nathalia Almeida
A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Votuporanga registrou no mês de janeiro deste ano um total de 133 ocorrências, dessas, 56 foram de violência doméstica contra mulheres na cidade. No mesmo período do ano passado, a delegacia registrou um número maior, foram 162 boletins de ocorrência, 70 eram de violência doméstica. Esses números apontam que a maioria das agressões contra a mulher ainda acontece dentro de casa.
Em balanço do último mês, a Delegacia de Defesa da Mulher listou os tipos de ocorrências mais comuns por categoria, sendo apontados 28 casos de lesão corporal, dois de maus-tratos, 12 de calúnia e difamação e 46 de injúria. Os números fazem parte do total de ocorrências registradas ao longo do mês de janeiro, que incluem casos de violência doméstica.
Um dos casos que chamaram mais atenção aconteceu no ano passado. A vítima, Aline, foi assassina em fevereiro do ano passado pelo ex-namorado, J.H.R, que não aceitava o fim do namoro. Na ocasião, a jovem foi arremessada pela janela do prédio onde morava pelo rapaz que continua foragido.
Para atender casos como este, a Prefeitura de Votuporanga implantou um projeto de proteção voltado para as mulheres vítimas de violência. O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), ligado à Secretaria de Assistência Social, está em funcionamento desde setembro e oferece apoio e serviços específicos, o que tem contribuído para mudar a vida das vítimas. Atualmente, o órgão atende 230 mulheres e recebe, em média, 60 encaminhamentos por mês.
A secretária de Assistência Social, Marli Beneduzzi Pignatari, contou que Votuporanga é uma das poucas cidades da região que oferece esses serviços voltados especificamente para a mulher.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Proteção Social Especial da Secretaria, Iara Costa Rufato, as denúncias podem chegar ao órgão de diversas maneiras. “De forma espontânea, onde a mulher busca o serviço por conta própria; por meio de encaminhamentos de outros órgãos, como o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e ainda através da Delegacia de Defesa da Mulher”, explicou.
O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência está na rua São Paulo, 2.959, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13 às 17h. O telefone é (17) 3423-5367.