Julgamento acontece a partir das 9h de hoje no Fórum da Comarca; acusado teria matado esposa e tentado assassinar PM em Parisi
Jociano Garofolo
Acontece hoje, a partir das 9h, no tribunal do júri do Fórum da Comarca de Votuporanga, o julgamento de Anderson Ricardo Neves, de 32 anos de idade, acusado de um crime bárbaro, que gerou grande comoção no dia 7 de setembro de 2012, principalmente no município de Parisi. O réu vai responder pelo assassinato da mulher e pela tentativa de homicídio contra um policial militar, que foi atender a ocorrência. No tumulto, o réu teria incendiado a viatura da PM.
Na época, o crime virou notícia regional e revoltou a população do município de Parisi, já que aconteceu em um sítio na comunidade rural da Tabuleta. Anderson senta no banco dos réus acusado de matar com golpes de faca Gislaine Aparecida Ferreira, de 27 anos de idade. Na época, o homicídio chamou a atenção porque, em seu ataque de fúria, o acusado teria incendiado uma viatura da Polícia Militar que foi ao local para atender a ocorrência. Ele foi preso apenas após ser alvejado com tiros de borracha pela equipe de Força Tática da Polícia Militar de Votuporanga. O sorteio dos 25 jurados que deverão comparecer para a formação do Conselho de Sentença, aconteceu no dia 19 de agosto, na sala de audiências da Primeira Vara.
Acusações
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, representado pelo promotor João Alberto Pereira, o crime aconteceu no dia 7 de setembro de 2012, por volta das 18h, no interior da Fazenda Santos Reis, na Vila da Tabuleta. Anderson teria aplicado inúmeros golpes de faca contra sua amásia, Gislaine Aparecida Ferreira de quem havia se separado poucos dias antes do crime.
“O motivo determinante do crime foi fútil, vez que o indiciado matou a vítima apenas porque ela se recusava de reatar o relacionamento entre eles. Para perpetrar o bárbaro crime, o indiciado agiu de forma dissimulada, pois atraiu a vítima até a sua residência alegando que queria conversar sobre a divisão de móveis do casal”, diz a denúncia. Durante a conversa, ele passou a agredi-la com golpes de faca. Consta ainda que, no mesmo dia, local e hora, o indiciado tentou matar o policial militar Vantoir Fernandes Motta, que atendia a ocorrência, tentando atingi-lo com golpes de podão, enquanto gritava: “eu já matei uma e vou matar outro”, o que, segundo o MP, “revela sua intenção homicida”.
O policial conseguiu evitar os golpes e afastou-se do local. Em seguida, enquanto o PM chamava reforço, já que estava sozinho atendendo a ocorrência, Anderson ateou fogo na viatura pertencente à Polícia Militar, que ficou totalmente destruída. Ele foi preso com a chegada de policiais de Votuporanga, que tiveram que usar armas de efeito moral para dominá-lo. Desde então, aguarda o julgamento em reclusão.