Segundo PM Rodoviária, uso do equipamento, às vezes desprezado, poderia evitar desfechos trágicos em acidentes na região
“Cinto de segurança é divisor de águas, para que a vida do condutor seja salva”, diz tenente
Jociano Garofolo
O uso do cinto de segurança, além de obrigatório, é importantíssimo para a segurança de motoristas e passageiros, principalmente os que transitam em estradas. Por isso, a Polícia Militar Rodoviária, frente aos recentes casos de acidentes com desfechos trágicos que aconteceram recentemente na região de Votuporanga, reforça o alerta para o uso do equipamento. No último mês, em dois capotamentos que terminaram com mortes, os motoristas não teriam utilizado o dispositivo.
Um deles, no último dia 15, teve como vítima a empresária Rosângela Benini, de 51 anos. Segundo informações da Polícia Rodoviária, a vítima teve o corpo arremessado para fora do veículo após bater contra uma mureta de concreto em um trecho da rodovia Euclides da Cunha, a SP-320. O “airbag” foi acionado e Rosângela, que estaria sem o cinto, foi lançada contra o teto solar, que arrebentou, jogando-a fatalmente contra a pista.
Uma testemunha, Gildo Catena, que trabalha em frente ao local do acidente, foi um dos primeiros a socorrer a empresária. Ele diz que viu como tudo aconteceu. “Ela perdeu a direção na placa, bateu contra a mureta e capotou umas três vezes. O airbag abriu e vi ela sendo lançada. Atravessei a pista para tentar socorrer, mas não deu pra fazer nada. Ela ainda conseguiu falar para que eu não a deixasse morrer. Eu fiquei triste demais”, afirmou.
Segundo o tenente da Polícia Militar Rodoviária, Deivid Gabriel de Melo, o acidente que vitimou a empresária, infelizmente, serve como exemplo da importância do uso correto do equipamento. “No caso dos últimos dias, o carro era bom (um Hyundai Azera, de Rosângela), tinha airbag, então o que faltou ali foi o uso do cinto de segurança. O airbag faz a função dele no impacto e o cinto prende o corpo ao veículo. Em casos assim, o cinto de segurança é um divisor de águas, para que a vida do condutor seja salva”, explica.
Rodovia
A recém-duplicada rodovia Euclides da Cunha tem registrado vários casos de capotamentos. Outro acidente, que lamentavelmente é lembrado pela provável falta do uso do equipamento, tirou a vida de outro empresário, Douglas Ongaroto, de 34 anos, no mês passado, em Valentim Gentil. Segundo os bombeiros, o corpo de Douglas foi arremessado a 100 metros do local onde o veículo, uma Ford Ranger, de cor azul, parou com as rodas ao ar.