Júri popular tem início às 9h, no Fórum; Eduardo Rafael Flores é acusado de ter dado mais de dez facadas na ex-mulher em 2011
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Acontece hoje, às 9h, no Fórum da Comarca de Votuporanga, o julgamento de Eduardo Rafael Flores, acusado de ser o autor de cerca de 14 facadas que tiraram a vida da ex-companheira, Regiane Dias Magalhães, em 31 de março de 2011, na casa onde ela morava, no Jardim Marin. O motivo do crime é apontado como a não aceitação com o término do casamento.
Os trabalhos terão início com a formação do Conselho de Sentença, que será composto por sete jurados. Em seguida, haverá depoimentos de testemunhas, do réu e o debate das teses. A acusação será representada pelo promotor Eduardo Martins Boiati e a defesa pelo advogado criminalista Gésus Grecco.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, o homicídio recebe como terceira qualificadora o emprego de meio cruel. O réu permanece preso desde o dia do crime.
No dia do homicídio, no período da tarde, após uma discussão com Regiane por telefone, Eduardo foi para um bar do bairro, onde ingeriu bebida alcoólica e passou a ligar várias vezes, fazendo novas ameaças. Com medo, a vítima ligou para a mãe dela, dizendo que ele estava descontrolado, sendo orientada para que ficasse dentro de casa.
Por volta das 19h, Eduardo Rafael foi até a casa da ex-companheira, arrombou a porta da sala, sendo que Regiane tentou escapar pela porta dos fundos, foi até o portão da frente, abriu o cadeado, mas foi alcançada pelo acusado, que lhe desferiu várias facadas, matando-a no local.
Prisão
Na noite do crime, a reportagem do A Cidade acompanhou os momentos após o crime e a ação da Força Tática da Polícia Militar, que resultou na prisão de Eduardo. Diante das informações passadas pelos vizinhos, os policiais passaram imediatamente a fazer buscas pelo bairro. Com faróis, vasculharam terrenos existentes próximos à "antiga mina d'água". Ao passarem o facho de luz por um canal de escoamento, avistaram um indivíduo no interior de um cano. Com as mãos ainda cheias de sangue, Eduardo Rafael Flores foi conduzido ao Plantão Policial, onde confessou aos policiais que foi quem efetuou o crime.