Travestis assassinadas: Abelardo dos Santos Freier, a Izabeli e Carlos Vasconcelos, a Eduarda
Da Redação
As polícias Militar e Civil prenderam na tarde de ontem (17) o suspeito de atirar em quatro travestis na quarta-feira (15), em Rio Preto. Duas das vítimas morreram no local e outras duas ainda estão internadas, mas passam bem.
Segundo informações da polícia, o homem, de 51 anos, confessou o crime e foi detido no bairro Vila Maceno. Uma travesti também foi presa suspeita de ter sido mandante do crime. O homem e a travesti foram encaminhados para a Delegacia de Investigações Gerais, onde irão prestar depoimento. Ainda segundo a polícia, a arma do crime foi apreendida.
Uma das travestis baleadas, Renata Zequini, foi salva por causa de um celular. No momento do ataque, Renata foi informada do atirador e estava tentando entrar em contato com uma amiga. Segundo ela, o homem apareceu na sua frente, em uma moto, e fez o disparo. "Estava preocupada com uma amiga e tentei ligar para ela. Quando estava no celular, o criminoso parou na minha frente e começou a abrir fogo", conta Renata.
O motociclista teria atirado e matado a primeira vítima, de 30 anos, em uma estrada de terra que segue para a Fonte Santa Terezinha. Segundo a PM, trata-se de um ponto de prostituição. Testemunhas disseram que o motociclista combinou um programa e foi até o local com a travesti. Como a vítima não voltou, colegas foram a procurar e encontraram o corpo. A travesti estava ajoelhada no momento do disparo. O carro dela estava estacionado na Avenida Cenobelino.
O homem atirou e matou a segunda vítima, de 24 anos, nas proximidades de um restaurante que também fica na Avenida Cenobelino. Após os disparos, ele desceu da moto que pilotava e seguiu até a esquina da Rua São João, onde atirou na mão e no ombro da terceira vítima, de 21 anos. O motociclista, segundo testemunhas, acenou e mandou beijos para outras travestis que também estavam no local.