Da Redação
Uma operação da Polícia Ambiental realizada nesta sexta-feira (17) na região de Votuporanga (SP) constatou que empresas com atividades que podem causar poluição não estão seguindo a lei. A maioria das que foram visitadas tinha algum tipo de problema.
As equipes se reuniram em frente à igreja matriz de Fernandópolis (SP). Mais de 50 policiais participaram da operação. Os alvos eram empresas que mantêm atividades potencialmente poluidoras. “Estamos de olho em empresas que geram resíduos e trabalham com produtor perigoso. É uma preocupação da Polícia Ambiental o meio ambiente urbano. Os resíduos, se não tiverem controle, são destinados de qualquer maneira e isso traz prejuízos para o meio ambiente”, afirma o capitão da Polícia Ambiental Alessandro Daleck.
Em uma marmoraria os policiais encontraram várias irregularidades. Os resíduos dos cortes de mármore e granito ficam espalhados pelo local. A água e a sujeira são jogadas em um terreno que fica ao lado da empresa.
A licença ambiental da empresa que autoriza a atividade, considerada poluidora, venceu há 11 anos. O dono disse que não sabia da necessidade de renovação do documento. "A gente chega à conclusão de que tem de ser feito como manda a lei para melhorar a saúde pública e do meio ambiente”, diz o dono da empresa, José da Silva Lemos.
Uma pequena fábrica de móveis em Valentim Gentil (SP), apesar dos resíduos terem destinação correta, também funcionava sem a licença da Cetesb. A operação visitou 34 locais em 13 municípios da região. A maioria deles apresentava alguma irregularidade. Todos foram advertidos e têm até 30 dias para regularizar a situação. “Por enquanto elas ficam embargadas, não podem funcionar. Só depois de regularizadas, elas serão liberadas”, afirma Daleck.
Todo resíduo recolhido é depositado em aterros industriais por uma empresa especializada. Por enquanto as empresas não foram multadas. A operação e as investigações continuam.