Os trabalhadores farão a Operação Padrão nos dias 18 e 19 de fevereiro em reivindicações por melhores condições de trabalho
Da redação
Os motoristas de ambulância de Votuporanga realizaram uma assembleia no início da noite da última sexta-feira, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, e decidiram pela realização de Operação Padrão, nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro. A ação consiste na não realização de serviços em horários extraordinários.
Segundo representantes do segmento, a operação é um ato de repúdio à forma com que a Administração Municipal tem tratado a categoria. Eles informam que em 21 de janeiro deste ano encaminharam ao prefeito Júnior Marão e à secretária da Saúde Fabiana Parma, pauta de reivindicações visando reduzir a precarização das condições de trabalho e não obtiveram qualquer manifestação por parte do Executivo.
Nestes dois dias de alerta, os motoristas deixarão de fazer trabalho em horários extraordinários, seja no início ou no final do plantão.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Inácio de Oliveira, destacou que “em nenhum momento os motoristas querem causar problemas ou prejuízos para a população, mas não podem mais ficar inertes diante do descaso da administração quanto aos problemas por eles enfrentados”.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, a pauta entregue ao prefeito e secretária no dia 21 de janeiro tem como pontos principais o retorno da jornada de 172 horas de trabalho mensais, ampliada em novembro último ano para 180 horas; a concessão ao direito do Descanso Semanal Remunerado à categoria, à exemplo do que ocorre com outros servidores que atuam com a mesma jornada de trabalho; a adoção dos termos da categoria diferenciada de motoristas de ambulância; o reajuste nos valores da ajuda de custo para viagem, que teve o seu valor reduzido em 10% em dezembro.
O sindicato explicou que quando o motorista realiza uma viagem para São Paulo, recebe R$ 55 para bancar todas as despesas pessoais e de alimentação, independentemente do tempo que durar a viagem. Até dezembro de 2015, o valor era de R$ 60 e, mesmo com os atuais índices de inflação, ao invés do valor ser reajustado, fora reduzido em cinco reais.