Reunião com os donos de estabelecimentos foi realizada em fevereiro, na Casa de Leis
Andressa Aoki
Um projeto polêmico deve causar debate na Câmara Municipal, durante a sessão de amanhã. Trata-se da proposta do vereador André Figueiredo, que visa à proteção das bombas de gasolina e a proibição da colocação de mesa e cadeiras nos pátios dos postos de combustíveis.
A iniciativa pede o uso de correntes para as áreas próximas às bombas, de segunda a sexta-feira, das 22 até 6h do dia seguinte; de sábado, domingo e feriados das 14 até as 6h do dia seguinte.
A situação destes estabelecimentos vem pautando a Casa de Leis recentemente. O vereador, agora licenciado, Douglas Lisboa, entrou com projeto para a proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas dependências de postos de combustíveis.
Edilson Pereira Batista, o Edilson do Santa Cruz, também fez uma proposta no sentido de que não fosse autorizado o uso de celular nos postos. Tanto os documentos de Douglas como de Edilson foram retirados porque não passaram pela análise das comissões.
Reunião
Em fevereiro, uma reunião foi realizada com os proprietários destes estabelecimentos para debater as propostas. As dúvidas dos donos dos estabelecimentos foram com relação ao termo de isolamento e qual distância de uma bomba para a outra, além do que seria área de pátio. Os questionamentos são referentes à proposta de André Figueiredo, que visa que as calçadas e pátios de manobras dos postos de combustíveis fiquem inteiramente livres de detritos, tambores, veículos sem condições de funcionamento, mesas e cadeiras e quaisquer objetos estranhos à respectiva atividade comercial.
O presidente da Casa de Leis, Eliezer Casali, admitiu que o projeto não contempla as dimensões do isolamento.
Eduardo Oliveira, do Posto Prático, afirmou que não tem público ao lado das bombas, em mesas. Ele perguntou se mesmo neste caso, será obrigatório o isolamento. “Meu público não é somente de Votuporanga. As pessoas que moram aqui e sabem da lei, vão entender, mas os turistas que olharem o local cercado vão pensar que está interditado”, disse.
Cássio Valente (Autoposto Flex) ressaltou os cuidados que ele toma para ajudar na segurança do estabelecimento. “Eu criei um disjuntor separado para cada bomba de combustível e utilizo apenas uma ilha de abastecimento à noite. As demais ficam encapadas, mas não vejo necessidade de correntes”, frisou. André Figueiredo enfatizou que a medida é para a segurança daqueles que frequentam os postos.