A manhã contará ainda com apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela Cati, dos programas do Banco do Brasil e visita aos estantes dos colaboradores
Engenheiro agrônomo Carlos Alberto de Luca, diretor Técnico da Cati
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
A Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), escritório de desenvolvimento rural de Votuporanga, realiza hoje um evento gratuito comemorativo ao Dia do Agricultor, a partir das 9h, na Cidade Universitária da Unifev. O evento contará com café da manhã, palavra do agricultor, benção e confraternização.
“Será um dia para a gente homenagear e se confraternizar. Uma oportunidade do produtor reencontrar muitos amigos da região. Estarão lá moradores de 11 municípios da regional. Todas as regionais da Cati estão fazendo o evento”, comentou o engenheiro agrônomo Carlos Alberto de Luca, diretor Técnico da Cati.
A manhã contará ainda com apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela Cati, dos programas do Banco do Brasil e visita aos estantes dos colaboradores.
Agricultura em Votuporanga
Carlos Alberto explicou que a pastagem ocupa a maior parte da área rural de Votuporanga, 22.500 hectares, depois vem o cultivo de cana de açúcar, 25% da área do município, e, em sequência, a seringueira, sendo Votuporanga a quarta cidade com a maior quantidade de pés desta cultura, praticamente 900 mil.
O agrônomo da Cati ressaltou que o produtor rural precisa diversificar a sua produção. “Ele não pode ficar amarrado em apenas uma cultura. Uma boa opção é a seringueira, mas é preciso ter consciência de que o resultado vem a longo prazo. Do preparo do solo até começar a produzir, vai gastar de R$13 a 14 mil por hectare; se ele planejar as ações dentro da propriedade, pode plantar a seringueira tranquilo. Uma área mínima para retorno tem que ser de três mil árvores, em torno de dois alqueires e meio”, comentou.
Carlos Alberto comentou que o produtor passa por diversas dificuldades. “A partir do momento que ele implanta uma cultura, tem que ir até o final, não tem como parar na metade. Precisa chegar ao final para colher. O preço que ele recebe pelo produto não cobre os custos de produção. Hoje, estamos nas mãos das grandes multinacionais, que vendem as sementes, os insumos, tanto os fertilizantes como os inseticidas usados na lavoura, que têm preços fixos. O produtor entra com risco, ele ganha dinheiro quando acontece uma catástrofe fora e o produto se valoriza aqui. Hoje, a laranja voltou a dar uma respiradinha porque na Flórida há queda de produção. O que move todos os agricultores é a paixão pela atividade que eles exercem. Temos visto muitos casais idosos nas propriedades, os filhos estão indo para a cidade trabalhar. A minha preocupação é para frente”, finalizou.