Leidiane Sabino
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A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Votuporanga enviou nota à imprensa na tarde de ontem confirmando o primeiro óbito do ano por H1N1 no município. O menor Lucas Henrique Moura de Barros, de apenas 12 anos de idade, faleceu no dia 16 de abril de 2013.
Na certidão de óbito emitida pela funerária para a realização do sepultamento constava que o menino morreu após choque tóxico infeccioso, broncopneumonia bilateral e edema cerebral. Seu falecimento pegou todos de surpresa na época, familiares e amigos estavam muitos emocionados no velório.
Amigos da escola contaram que ele reclamou de fortes dores na barriga e chegou a vomitar, antes de ser internado. Primeiro, ele foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), apresentando febre, cefaléia, mialgia, vômito e tosse. Passou por exames de hemograma e raio X, foi medicado na unidade e, logo após, transferido para o pronto-socorro da Santa Casa.
Os médicos suspeitaram de hepatite transinfecciosa, dengue, leptospirose, BCP/H1N1 e apendicite. Vários exames foram solicitados para investigar todas as hipóteses citadas e, simultaneamente, iniciado o tratamento. Porém, antes do resultado, o paciente apresentou piora do quadro e foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde permaneceu internado até o óbito.
A família recebeu o laudo com a confirmação da doença na terça-feira, da Secretaria Municipal de Saúde e na quinta-feira da Santa Casa.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o resultado do laudo foi liberado pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, após análise do material coletado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de São José do Rio Preto.
Em 2011, o município fez 20 notificações, sem nenhum caso positivo. No ano passado, foram registradas 34 notificações, sendo um caso foi confirmado. Neste ano, até o momento, além deste caso confirmado que evoluiu a óbito, 15 pessoas foram notificadas.
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. O período de incubação varia de três a cinco dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.
Sintomas
Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza e dificuldade de respirar.
Tratamento
É de extrema importância evitar a automedicação, haja vista, que o uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação. No caso do H1N1, os ativos fosfato de oseltamivir ou zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) têm-se mostrado eficazes contra o vírus, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.
Orientações da Secretaria Municipal de Saúde
Prevenção
Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, a Vigilância recomenda:
* Tomar os cuidados gerais de higiene pessoal;
* Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão;
* Fazer uso do álcool gel;
* Usar lenços descartáveis para cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
* Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
* Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em superfícies ou objetos de uso coletivo, como maçanetas, telefones, entre outros;
* Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
* Procurar assistência médica se surgirem sintomas compatíveis com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A.
As pessoas que estiverem com a suspeita da doença devem fazer uso da máscara respiratória para interromper o ciclo de transmissão do vírus.
Vacinação
Neste ano, a campanha de vacinação contra a gripe H1N1 em Votuporanga, já contemplou um número superior a 16 mil pessoas, alcançando 89,6% da meta preconizada pelo Ministério da Saúde.
Se você tem 60 anos ou mais, gestante, puérpera, criança entre seis meses e menor de dois anos, profissional da saúde, doente crônico, população indígena e não se vacinou, procure a Unidade de Saúde mais próxima para receber a dose da vacina gratuitamente.
A Vigilância Epidemiológica conta com o seu cuidado pessoal na prevenção desta doença!