Mãe agradece empenho da pediatra Arieli Fazzio, que acompanha o desenvolvimento da bebê, Nayely
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Gratidão é a palavra que define o sentimento que Juliana Furlaneto tem pela pediatra e neonatologista, Arieli Daiana Fazzio. Ela é a profissional que cuida da bebê Nayely Vitórya Furlaneto de Souza, que está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva)/Neonatal da Santa Casa de Votuporanga. E para Juliana, não poderia existir uma madrinha melhor para batizar sua filha.
“Este batismo, para mim, significa uma satisfação, tanto pessoal quanto profissional. Eu fiquei super feliz. Acompanho o caso da bebê e sei o quanto lutamos pela vida dela. Foram muitos momentos difíceis, ela foi melhorando aos poucos. Ela é uma guerrerinha”, falou a médica, que é especialista em cuidar de recém-nascidos.
A previsão é que Nayely curta seu primeiro Natal em casa. “Acredito que daqui 15 dias ela terá alta médica”, disse Arieli.
Luta
O que motivou o parto precoce é que Juliana teve pressão alta durante a gravidez, mas estava controlada, somado à falta de líquido na placenta.
E não é a toa que Juliana colocou vitória no nome da filha. A bebê nasceu em 16 de agosto deste ano, com 25 semanas (5 meses e meio), medindo 29 cm e pesando 490 grs. O nascimento, pelas contas médicas, deveria ter ocorrido em 27 de novembro.
“Nunca me esqueci da frase que ouvi da médica, que a recebeu: ‘farei de tudo para salvar sua filha’”, disse em lágrimas.
No começo, a bebê ficou muito doente e precisou fazer uma cirurgia nos olhos, que foi realizada no Hospital de Base de São José do Rio Preto.
Toda mãe que tem seu bebê, sonha pelo momento em pegá-lo no colo. No caso de Juliana, ela teve que esperar por 54 dias. “Quando soube que iria poder tê-la em meus braços, nem dormi direito”, relembrou.
Hoje, a bebê está com 3 meses e 15 dias, e aos poucos apresenta um grande avanço. Faz quinze dias que a bebê está na semi-UTI.
Contato
Hoje, Juliana fica o máximo possível no hospital, acompanhando sua filha. Quando está cansada, dorme lá mesmo. “Aqui nós temos muito conforto, é como se estivéssemos em nossa casa. É café da manhã, almoço, jantar, e se quisermos, podemos descansar aqui no hospital”, frisou.
Ela disse que nunca imaginou viver este momento, uma vez que já é mãe de um casal de crianças. “A gente acha que somente acontece com os outros. É muito difícil você ter o bebê, precisar deixá-lo no hospital, e vir vê-lo somente no outro dia; é um sentimento inexplicável, de ansiedade”, fala.
Para enfrentar esta fase, Juliana contou que é necessário ter fé em Deus e confiar na equipe médica que cuida do bebê. “Chorei muito, mas os médicos vinham nos acalmar, além de termos o apoio de psicóloga”, disse.