Crianças que não engatinham podem andar mais tarde e têm chances de apresentar dificuldades
A Praça São Bento serviu de cenário para a 1ª Engatinhata de Votuporanga, na manhã do último domingo, dia 9 de dezembro. Aproximadamente 550 pessoas prestigiaram o evento sendo cerca de 100 bebês de zero a um ano de idade, 150 de um a seis anos e aproximadamente 300 adultos. As 50 primeiras mães acompanhadas com seus filhos ganharam um brinde e todos os bebês, de zero a um ano, ganharam camisetas personalizadas da 1ª Engatinhata.
Durante toda a manhã, pais e cuidadores participaram de atividades lúdicas na praça. Ao mesmo tempo em que se divertiam, eram informados da importância desta fase. “Não precisamos nos preocupar em comprar brinquedos caros nesta fase, para a criança tudo vira brinquedo, seja uma caixa de sapato, um pote plástico, ou qualquer outro utensílio que não venha a oferecer risco para o bebê pode ser colocado a disposição para a diversão da criançada”, destacou a diretora da Educação Básica da Secretaria da Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga e coordenadora do Programa Primeiríssima Infância e organizadora da 1ª Engatinhata, Luzia Aparecida Zurundi Figueira.
Para os pais, a manhã foi maravilhosa e muito produtiva. “Eventos deste tipo são muito legais, pois ao mesmo tempo em que traz diversão para os bebês informa os pais da importância de cada fase da criança”, destacou Vânia Morreira da Silva, de 29 anos, mãe da pequena Mariane Heloisa da Silva, de um ano e três meses. “Minha filha sempre foi muito curiosa, começou a engatinhar com 10 meses e com um ano já estava andando”, comentou a mãe orgulhosa.
De acordo com Luzia, engatinhar é um direito de todo bebê. Se aventurar no chão desenvolve a capacidade motora e é engatinhando que os pequenos aprendem noções de espaço e distância, alinha a sua coluna e se prepara para ficar de pé e andar. “Ao contrário do que muitos falam, não existe um período definido para engatinhar, isto vai depender de cada criança. Tem bebê que começa a engatinhar com seis meses e tem outros que vão se aventurar após 1 ano de idade”, informou Luzia Zirundi.
Estudos relatam que crianças que não engatinham podem andar mais tarde e, posteriormente tem grandes chances de apresentar dificuldades no aprendizado. “O engatinhar é um exercício motor importante. A tentativa de ‘balançar o esqueleto’, mesmo que desordenadamente, estimula a coordenação visual para os movimentos que, mais tarde a criança vai usar para ler e escrever”, destacou a fisioterapeuta Lana Cristine Webb.
A 1ª Engatinhata foi uma realização da Prefeitura de Votuporanga, por meio das Secretarias da Educação, Cultura e Turismo, Saúde e Assistência Social em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Centro Universitário de Votuporanga – Unifev, por meio do programa da Primeiríssima Infância.