Pedido para financiamento foi feito em agosto e a Caixa ainda não orientou para o prosseguimento da solicitação
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A Santa Casa de Votuporanga aguarda o posicionamento da Caixa Econômica Federal para o pedido de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O pedido foi feito em agosto de 2012. “Protocolamos os documentos necessários na Caixa Econômica Federal. Até o presente momento, a instituição financeira nos pontua que não tem as orientações da Superintendência sobre como dar prosseguimento aos pleitos das Santas Casas junto ao BNDES”, disse o provedor do hospital, Luiz Fernando Góes Liévana, em entrevista ao jornal A Cidade.
A Caixa Econômica Federal passa a oferecer às Santas Casas uma opção de refinanciamento de suas dívidas, com carência de seis meses, juros de 12% ao ano e prazo de 84 meses para o pagamento.
Luiz Fernando falou ainda sobre suas visitas a Brasília para pedir verbas para instituição. “Todos os anos, vamos à Brasília com o objetivo de levar ao conhecimento dos deputados o trabalho desenvolvido pela Santa Casa. Somos sempre acolhidos pelo deputado federal João Dado, que faz questão de nos acompanhar nas visitas não só dos 70 parlamentares da bancada paulista, mas de outros com quem o deputado tem mais proximidade, para tentarmos conseguir que emendas sejam indicadas ao hospital”, contou.
Ele disse que a Santa Casa conta com o apoio do prefeito Junior Marão, do deputado estadual Carlos Pignatari, dos secretários de Estado Rodrigo Garcia e Júlio Semeghini, das lideranças políticas da cidade para reforçar nossos pleitos junto aos parlamentares. “Não podemos deixar de citar também, a atenção e a colaboração dos deputados da nossa região, como Emanuel Fernandes, Eleuses Paiva, Vaz de Lima e Edinho Araújo. Durante essas visitas, apresentamos a instituição, os projetos que temos para o futuro e oficializamos os pedidos de emendas. Atualmente, temos empenhados entre os anos de 2010 e 2011 o valor de R$ 2.150.000,00”, ressaltou.
13º salário
O provedor destacou que todos do hospital, incluindo médicos, funcionários, fornecedores, voluntários, estão trabalhando para buscar os recursos financeiros necessários para honrar os compromissos do hospital, inclusive o décimo terceiro salário. “Estamos muito empenhados, mobilizando toda ajuda possível junto aos governos municipais, estadual e federal, trabalhando focado na conscientização da importância de redução dos custos e maximização das receitas, pois sabemos e reconhecemos o valor de cada profissional, a importância do trabalho de cada um na construção de um resultado favorável, independente do setor onde atue, do cargo que ocupa e do profissional de saúde que representa”, disse.
Resultados
Luiz Fernando apresentou ainda os resultados positivos, que inclusive têm nos permitido manter normalmente os serviços e os atendimentos à nossa população, e o que é importante, equilibrando as receitas e as despesas do hospital. Esses resultados são atribuídos ao controle efetivo dos atendimentos realizados pelo SUS (realizando apenas a quantidade de atendimentos e procedimentos que temos prevista no contrato SUS);
ao grupo de compras, que está conseguindo comprar a mesma quantidade de medicamentos e materiais com redução de custos, abrindo novos fornecedores e renegociando os valores dos insumos hospitalares; com o mapeamento de todos os serviços realizados, identificando onde estão as principais receitas e onde estão alocados as grandes despesas; a implantação de um projeto para redução dos custos de energia elétrica e com a redução de horas extras, sem afetar a qualidade da assistência, dentre tantas outras ações.
Na foto: Luiz Fernando Liévana (centro) mobilizou os hospitais do Estado para o movimento "Tabela SUS, reajuste já"