Andressa Aoki
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Votuporanga possui índice de mortalidade infantil de 13,6/1000 nascidos vivos. O número é maior do que a taxa de mortalidade média do Estado, que é de 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade para cada 1000 nascidos vivos e de cidades como São José do Rio Preto, que possui 7,7.
A Secretaria da Saúde afirmou que a taxa está reduzindo. De 2008 a 2011, o índice passou de 23,33/1000 nascidos vivos para 13,6/1000 em 2011.
Segundo a secretária de Saúde do município, Fabiana Parma, “diversos fatores têm contribuído para a mudança no perfil de mortalidade infantil, entre as quais se destacam: o aumento do acesso ao saneamento básico, a queda da taxa de fecundidade, a melhoria geral das condições de vida, da segurança alimentar e nutricional e do grau de instrução das mulheres, maior acesso aos serviços de saúde e ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família, o avanço das tecnologias médicas, em especial a imunização e o aumento da prevalência do aleitamento materno, entre outros”.
A secretária ressalta que apesar do quadro apresentado no município, a redução da mortalidade infantil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade como um todo. “Faz parte das Metas do Desenvolvimento do Milênio, compromisso assumido pelos países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar do declínio observado no Brasil, a mortalidade infantil permanece como uma grande preocupação da Saúde Pública. Essas mortes precoces decorrem de uma combinação de fatores biológicos, sociais, culturais e do sistema de saúde. As intervenções dirigidas à sua redução dependem, portanto, de mudanças estruturais relacionadas às condições de vida da população, assim como de ações diretas definidas pelas políticas públicas de saúde”.
Fabiana Parma explica que é preciso consolidar a organização da atenção perinatal no País compreendido em sua dimensão ampla. “Isso desde a saúde integral da mulher, pré-concepção e planejamento familiar, à regionalização e hierarquização da assistência e integração entre o pré-natal e a assistência ao parto. É necessário avançar na qualificação do cuidado, além da ampliação do acesso aos serviços, desde o pré-natal à assistência hospitalar ao parto e ao nascimento, mantendo-se a continuidade da atenção ao recém-nascido e à puérpera. O pronto reconhecimento de situações de risco, a provisão do cuidado apropriado e resolutivo à gestante no pré-natal e no parto, e à criança na maternidade, na vigilância e promoção da saúde e na assistência adequada à criança doente. São ações básicas com grande potencial para prover uma resposta mais positiva sobre a sobrevida e qualidade de vida das crianças de Votuporanga”, finaliza.