A criação do “Eletro Lixo” pela Saev Ambiental busca evitar o descarte do lixo eletrônico em locais inadequados
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O projeto Cata Pilha é um exemplo de descarte correto do lixo eletrônico. Mensalmente, recolhe, em média, 240 quilos de baterias e pilhas. Ao todo, são 60 parceiros que abrigam os displays do programa.
Os displays foram produzidos pelo Cemad e contém galões de água vazios doados pela Vanágua que são, periodicamente, recolhidos. As pilhas e baterias são repassadas para a empresa Mejan Ambiental, vencedora do processo licitário de descarte de lixo eletrônico e fazem a reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.
A criação do “Eletro Lixo” pela Saev Ambiental busca evitar o descarte do lixo eletrônico em locais inadequados. Classificados como resíduos perigosos e compostos por metais pesados altamente tóxicos e não-biodegradáveis – como o cádmio, chumbo e mercúrio – depois de utilizados, a maioria desses resíduos vão para aterros sanitários ou ficam depositados a céu aberto.
“O trabalho evita que pilhas e baterias sejam descartadas no meio ambiente contaminando o solo e o lençol freático. A composição química desse lixo pode atingir a fauna, a flora e também o ser humano, sendo muito prejudicial”, explica o Geól. Gustavo Gallo Vilela.
Outras empresas que queiram receber a urna devem entrar em contato com o Departamento de Meio Ambiente da Saev, pelo (17) 34059195.
Ibama
O controle sobre a fabricação, o uso e o descarte de pilhas e baterias foi fixado em decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Norma Instrutiva número 8, publicada nesta semana, no Diário Oficial da União. Pela norma, há uma série de regras para o descarte do material, o transporte, a reciclagem e o acondicionamento, assim como a determinação para que os fabricantes e importadores elaborem um relatório anual, informando em detalhes os procedimentos adotados.
Classificadas como lixo eletrônico, pilhas e baterias apresentam em sua composição metais considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente como mercúrio, chumbo, cobre, cádmio, zinco, manganês, níquel e lítio. “Se descartadas de forma errada no meio ambiente, os elementos tóxicos podem vazar e contaminar lençol freático, solo, rios e alimentos, causando danos às pessoas e animais. Através da cadeia alimentar, essas substâncias chegam, de forma acumulada, aos seres humanos. Há estudos que mostram que algumas substâncias podem levar à anemia, a problemas neurológicos e ao desenvolvimento de câncer. No meio ambiente, o descarte das pilhas e baterias pode atingir os lençóis freáticos, o solo e a alimentação.