Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A secretária de Saúde, Fabiana Arenas Parma, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar sobre a taxa de mortalidade infantil de Votuporanga, que é de 13,6/1000 nascidos vivos, divulgada, com exclusividade, pelo jornal A Cidade. O maior índice de óbitos do município é de 0 a sete dias. “Em 2011, foram registrados nove óbitos no período de neonatal precoce, o que corresponde de 0 a sete dias. Foi o nosso maior índice. Esta faixa etária possui o maior risco de mortalidade”, ressaltou.
As mortes correspondem a casos de anencefalia (1), anomalias gravíssimas (2) e prematuridade extrema (6). “Houve investimento da equipe de saúde por causa do excelente trabalho da UTI neonatal”, enfatizou.
Votuporanga registrou ainda mortes de neonatal tardio, com bebês de oito a 27 dias. “Uma foi por causa de um disparo de arma de fogo. Além disso, houve duas mortes súbitas mal identificadas. Foram fatalidades”, afirmou Fabiana.
A secretária comemorou o decréscimo significativo de 2007 a 2011. De 2008 a 2011, o índice passou de 23,33/1000 nascidos vivos para 13,6/1000 em 2011. “Votuporanga é uma cidade pequena para 1000 nascidos vivos. A nossa média anual é de 1000 por ano. Um óbito sequer dá uma diferença muito grande. Aumenta a taxa em um ponto. O indicador tem que ser bem avaliado, porque é diferente avaliar óbitos de nascidos vivos acima de 2,5 quilos e mortes abaixo deste peso. Ter a UTI neonatal, isso torna a avaliação diferente. Não podemos dizer que se assemelha do Nordeste. Estamos falando de óbitos infantis de pouca viabilidade fetal”, complementou.
Fabiana Parma contou que a cidade possui um comitê que faz a investigação de mortes infantis. “Temos pediatra e ginecologistas que participam. Eles investigam e fazem propostas para a Secretaria, para diminuir o índice de mortalidade infantil”, afirmou.
Medidas
Ela ressaltou o trabalho da pasta para diminuir os óbitos infantis. Ela pediu o apoio das gestantes para que façam o pré-natal. “Temos situações muito complicadas na cidade como usuárias de crack, que não param com o tabagismo e com o álcool. A mulher tem que levar o pré-natal a sério e saber que não pode fazer algumas coisas que faria antes, pode prejudicar uma vida”, disse.
A Secretaria investe em puericultura, para fazer o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. “Muitas crianças, que investigamos os óbitos, estavam com as vacinas atrasadas e não compareceram a consulta”, ressaltou.
Uma equipe de enfermagem também visita as casas dos recém-nascidos para dar orientações gerais. São assegurados os exames de ultrassom para as grávidas.