Os cartões de memória de carga serão também acondicionados em um envelope lacrado
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Cartório Eleitoral de Votuporanga fará os procedimentos de geração de mídias, carga e lacração das urnas eletrônicas referentes à 147ª Zona Eleitoral, para o pleito de sete de outubro, a partir desta quinta-feira.
Segundo a juíza eleitoral, Carolina Marchiori Bueno Cocenzo, após a gravação das mídias de carga e votação e a geração das mídias de resultado de votação, dos Sistemas Verificação Pré e Pós Eleição (VPP), Recuperador de Dados (RED), Apuração (SA), será realizada a preparação das urnas eletrônicas que serão utilizadas no dia da eleição, por meio da inclusão de tabelas, utilizando-se do cartão de memória de carga e inserindo-se os cartões de memória de votação. A seguir, serão colocados os lacres assinados de acordo com o § 2º do artigo 29 da Resolução TSE 23.372/2011.
As urnas eletrônicas de contingência, destinadas a substituir aquelas que apresentarem defeito durante a votação, serão também preparadas e lacradas, e, após os testes de funcionamento, serão retirados o cartão de memória de votação e a mídia de resultado de votação e colocados os lacres devidamente assinados. Em seguida, os cartões de memória de contingência, que poderão ser utilizados em caso de insucesso na substituição da urna que apresentar defeito serão acondicionados, um a um, em envelopes lacrados, assinados pelos presentes. Os cartões de memória de carga serão também acondicionados em um envelope lacrado e assinado pelos presentes.
Segurança
Durante todo o processo eleitoral, duas medidas imprescindíveis são adotadas para garantir a segurança e comprovar a credibilidade do sistema eletrônico de votação brasileiro.
Uma delas, a lacração dos programas existentes na urna eletrônica, é feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cerca de um mês antes das eleições, depois de análises feitas pelos partidos políticos, Ministério Público (MP) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) durante 180 dias.
Aberta ao público, a lacração tem como objetivo mostrar à sociedade, aos representantes de partidos políticos, da OAB e do MP que o processo eleitoral é seguro especialmente porque é inviolável, já que além do lacre físico, a urna eletrônica é lacrada digitalmente, após receber uma assinatura digital.
Técnica criptográfica, a assinatura digital busca assegurar que o software da urna não foi modificado de forma intencional ou não perdeu suas características originais por falha na gravação ou leitura.
Em resumo: se a assinatura digital for válida, o arquivo não foi modificado. A assinatura digital também assegura a autenticidade do programa, ou seja, confirma que o programa tem origem oficial e foi gerado pelo TSE.
Outra medida prevista na legislação eleitoral para assegurar a confiabilidade dos sistemas, seguida à risca pelo TSE, é a realização de auditorias, por parte do público externo, antes, durante e depois das eleições.