Leidiane Sabino
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Odair Ferreira, assistente social da Comunidade Nova Vida, também esteve ontem na reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) para apresentar os trabalhos desenvolvidos pela instituição. Ele contou como é o tratamento. “À princípio, o dependente químico e a família acreditam que podem resolver o problema sozinhos e a Comunidade Terapêutica é a último recurso que eles procuram”.
A Comunidade de Recuperação Nova Vida possui duas unidades, uma na zona rural, onde acontece o tratamento com a duração de seis meses e 21 dias; e uma unidade urbana, para acolhimento, mantida com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, onde oferecem ajuda e orientação ao dependente e seus familiares. No acolhimento acontece uma triagem e cadastro.
Na unidade de tratamento, que é voluntário, a pessoa quer se internar, o indivíduo permanece longe dos amigos, da sociedade, dos familiares e do trabalho. Ele dedica seis meses e 21 dias de sua vida a se encontrar, saber como deve se comportar quando retornar para a sociedade e o que fazer para não voltar a se envolver com a droga.
Entre os trabalhos realizados estão as reuniões, terapias e momentos de espiritualidade, sendo esta uma importante ferramenta para o tratamento. Também é aplicado o método Minessota, composto por 64 tarefas que o dependente precisa cumprir, aliados aos 12 passos dos Narcóticos Anônimos, com o objetivo de proporcionar uma transformação, uma mudança de comportamento do indivíduo em tratamento.
O assistente social da Comunidade contou que 99,9% das pessoas que buscam ajuda, experimentaram drogas por curiosidade. “Precisamos mostrar para as crianças e adolescentes que droga não vai resolver seus problemas. Todo mundo acredita que vai usar uma vez só, que não acontece. Tem pesquisa que diz que o cidadão já nasce pré-disposto a ser dependente químico, mas isso só é possível confirmar experimentando. Por isso, não use, não experimente!”.
Na Comunidade, todos têm horários e tarefas a cumprir, para que possa retornar à sociedade. “Também são realizados várias exames de saúde. Além disso, a família dos internos também são atendidas, para que todos estejam preparados para o retorno deles para casa”, explicou Odair.
O atendimento da Unidade de Acolhimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na rua Javari nº 3587 – Jardim Marin. Telefone: 3421-9499.