Da Redação
A enfermeira do Serviço de Assistência Especializada (SAE), Leiliane Cristina da Silva Scarpa, teve um trabalho de sua autoria aprovado para ser exposto no Congresso Brasileiro de Prevenção em DST, Aids e Hepatites Virais, que acontecerá em São Paulo neste mês. O tema é “Atendimento aos Profissionais de Saúde expostos a material biológico: Serviço de Assistência Especializada do Município de Votuporanga SP”, e tem como co-autoras, a coordenadora do SAE, Léa Cristina Bagnola e a farmacêutica também do SAE, Monique Ricci Alves, todas integrantes do corpo de funcionários da Secretaria Municipal da Saúde.
Leiliane explica que o conteúdo descreve o fluxo de atendimento do próprio SAE. “Apresentamos os profissionais vítimas de acidentes com material biológico potencialmente contaminado do SAE, além de categorizar os profissionais expostos e classificar os tipos de exposições”, relata.
Em função dos ambientes hospitalares serem complexos e insalubres, os trabalhadores que atuam na unidade estão expostos a inúmeros riscos durante o desenvolvimento de seu processo de trabalho. “Como resultados, existem riscos potenciais aos quais podem estar expostos, dependendo da atividade que desenvolvem. A transmissão promovida por acidente com material biológico, sem a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante a manipulação, é algo que precisa ser tratado como casos de emergência médica”, comenta Leiliane.
Na conclusão do trabalho, são apresentados dados com relação ao tipo de exposições que mais ocorreram entre os profissionais. “É necessário que todas instituições conheçam seu perfil epidemiológico de acidentes ocupacionais envolvendo este tipo de material para poderem intervir de maneira coerente, elaborando estratégias de prevenção adequada ao perfil próprio de cada instituição”, declara.
A enfermeira ressalta a necessidade de profissionais treinados para lidarem com acidentes, visto que a ocorrência do mesmo pode acarretar desgastates ao trabalhador. “Entre os fatores, está a sensação de frustação, vivência de ter adquirido uma doença, assim como, receio de ser menosprezado pelos colegas, tanto do seu meio social como do profissional. Cremos que o mais importante e necessário é a implementação de ações educativas e preventivas, com enfoque na adesão às precauções padrão, como diz o velho ditado: melhor prevenir do que remediar”.
O trabalho será apresentado no congresso pela farmacêutica Monique, co-autora, no dia 30 de agosto e estará concorrendo a prêmios.