Leidiane Sabino
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De acordo com Mário César Homsi Bernardes, administrador da Santa Casa de Votuporanga, durante a reunião de ontem do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), às 9h, na sede do Centro Social, a estrutura do hospital cresceu muito nos últimos anos e o desafio é manter todos estes serviços que a unidade conquistou ao longo do tempo.
Mário contou que está na Santa Casa há praticamente 10 anos. “O faturamento era de R$6 milhões e meio anual, com 290 funcionários, oferecendo serviços de média complexidade, tinha dívidas, um quadro muito complicado e o hospital foi se desenvolvendo”. Hoje, a Santa Casa tem 1.500 funcionários, incluindo AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), farmácias e OSS (Organização Social de Saúde) e fecha o ano com faturamento em torno de R$60 milhões e pode chegar a R$80 milhões, dependendo da quantidade de unidades de saúde que forem inauguradas até o final do ano.
“Toda a estrutura foi reformada e cresceu aproximadamente 8 mil m², atende setores de alta complexidade, com equipamentos de última geração. Apenas 15 hospitais do Brasil são credenciados pelo SUS para cirurgia cardíaca, entre eles, o de Votuporanga”, contou Mário.
Atualmente, a cada R$100 que um paciente do SUS gasta, são repassados aproximadamente R$65 para a Santa. “O restante a gente tem que buscar por meio de campanhas, eventos, emendas e plano de saúde. Entre 2011 e 2012, com a falta das emendas federais e baixa remuneração do SUS, não conseguimos dar prosseguimento com a demanda”.
O Governo do Estado liberou recentemente um recurso que está ajudando a Santa Casa, são parcelas mensais de R$326 mil que virão até o final do ano, por meio de termo aditivo do deputado estadual Carlão Pignatari.
Ele contou que até o ano de 2010, recebendo mais recursos, inclusive de emendas parlamentares, era possível segurar melhor a situação financeira. “Esta não é uma situação específica nossa, outros hospitais passam pelo mesmo problema e, se nada acontecer, o sistema vai entrar em colapso”.
Apenas dos anos de 2010 e 2011, as emendas federais empenhadas, mas que não chegam ao hospital somam R$2 milhões e 700 mil.