Leidiane Sabino
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O Campus de Votuporanga do IFSP (Instituto Federal do Estado de São Paulo) aderiu à greve nacional dos profissionais de docência do serviço federal. Várias assembleias foram realizadas ao longo do mês de agosto no município para atualização a cerca do movimento nacional. Desta forma, o comando de greve local construiu sua adesão.
Os professores Marcos Amorielle Furini, de Eletrotécnica, Gabriel Rodrigues da Cunha, de Edificações, e Osvandre Martins, de Informática, explicaram as razões da greve ao jornal A Cidade.
Aconteceu na quinta-feira, 29, uma reunião entre o Senado, os ministros do Planejamento e da Educação e representantes do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), uma tentativa de reabrir as negociações, que pode fortalecer o movimento. Até o momento, o Governo conseguiu acordo com o Proifes (Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), que tem pouca representatividade junto aos docentes.
O comando de greve local adere às reivindicações nacionais, de reestruturação da carreira, por melhores salários e condições de trabalho.
Na reestruturação da carreira, os professores solicitam que o Governo reveja a forma como ocorre a progressão, os prazos para que o educador mude de um nível para outro. “Hoje, são 17 níveis, o Governo propõe a mudança para 13, mas aumenta o tempo para a passagem de um nível para outro”, explicou o professor Marcos. Para ele, a carreira interfere na qualidade de ensino, pois influencia no cotidiano da instituição e na qualificação dos professores.
Sobre os salários, o último aumento concedido foi no ano de 2009. Sem data base, o salário dos professores é aumentado somente por lei.
Eles também querem melhores condições de trabalho porque em muitas unidades de ensino não há equipamentos nem estrutura física e humana para atender aos alunos. “Muitos campus começam em prédios alugados ou emprestados, outros não possuem equipamentos nem laboratórios adequados”, falou Osvandre.
Houve um acordo cm a direção do campus de Votuporanga para que as aulas sejam suspensas. O comando de greve também tomou o cuidado de avisar os alunos, motoristas de ônibus, fornecedores de merenda e todos os outros envolvidos com a instituição.
Somente os servidores docentes do Campus de Votuporanga aderiram à greve, a parte técnica administrativa continua os seus serviços. As atividades de estágio, pesquisa e extensão continuam. Os professores acompanharão as reuniões e assembleias nacionais e não há precisão para a volta das aulas.
Para mais informações e conhecer a pauta de reivindicações: www.sinasefe.org.br e www.andes.org.br .
O Governo alega que o Ministério do Planejamento precisa encaminhar o Projeto de Lei de Orçamento Anual até hoje, quando acaba o prazo para incluir gastos com a folha de pagamento de 2013.