Rosana ressaltou que os advogados estão encontrando grandes dificuldades em exercer a advocacia
Leidiane Sabino
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Pré-candidata à presidência da OAB (Ordem dos Advogados) do Estado de São Paulo, Rosana Chiavassa esteve ontem na Rádio Cidade e disse que pretende ser a primeira mulher presidente da Ordem no Estado. Dos cinco pré-candidatos, apenas ela é mulher.
“Este é o momento da mulher, que encontrou espaço para mostrar que é eficiente e guerreira”, disse.
Rosana ressaltou que os advogados estão encontrando grandes dificuldades em exercer a advocacia. “O advogado não é muito respeitado. Além disso, aprendeu-se a culpar o advogado pela demora da Justiça. Por isso, o meu trabalho terá foco no advogado e suas condições de trabalho. Tentando reverter esta imagem de que o advogado é culpado de tudo”.
Com relação ao interior do Estado, ela disse que é onde chegam menos recursos e benefícios. “Sempre tive grande amor pelo interior, por isso, 50% de minha chapa será composta por advogados do interior, entre eles, a Evidet Ferreira Barbosa dos Santos, que já foi presidente da OAB de Mirassol e agora, é pré-candidata para a eleição daquela cidade”.
Rosana disse que a OAB, que é a maior entidade civil pública do mundo, deixou a sua essência de lado, como defensora do Estado Democrático de Direito. “Ela precisa voltar à sua origem. A advocacia é a profissão mais relevante por ser a guardiã de todos os direitos”.
A pré-candidata criticou a existências de cursos de direito ruins, que têm formado bacharéis incapazes de defender o direito do outro cidadão. Ela defende a existência do Exame da Ordem, mas não da forma como ele é aplicado hoje. “Acredito que o exame não precisa de pegadinhas. Porque o exercício profissional não é composto por pegadinhas. O exame precisa ser modificado”.
Ela já foi candidata outras vezes à representação da Ordem, em 2003 a presidente e em 2006 e 2009 a vice-presidente.
Graduada pela Universidade de São Paulo em 1984, com especialização em Direito Processual Civil pela FGV-LAW/AASP. É referência nacional por sua intensa atuação em tudo o que envolve questões de Defesa do Consumidor e Responsabilidade Civil, particularmente na área de Saúde, tendo sido ela pioneira, junto com Vilma Pastro, em 1993. Com intensa atuação na OAB/SP, foi membro ativo de todas as comissões, de 1987 a 1990. Nessa época, foi uma das fundadoras da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP, que participou intensamente na Constituinte para a ampliação dos direitos da licença maternidade.