Andressa Aoki
Depois da suspensão dos serviços de neurocirurgia e neurologia na Santa Casa, o administrador da instituição, Mário César Homsi Bernardes, explicou para a Rádio Cidade AM os novos procedimentos com relação aos pacientes deste segmento que darão entrada no Pronto Socorro. “A equipe do Pronto Socorro tem capacidade técnico, médico, equipamentos para oferecer o atendimento de urgência e emergência e imediatamente, via Central de Regulação Médica, e solicitar a transferência do paciente para um serviço de referência, que no caso, é o Hospital de Base em São José do Rio Preto”, disse.
Ele destacou que o teto financeiro do SUS para neurocirurgia era de R$ 27 mil. O contrato do Sistema Único de Saúde determina que você atenda 12 pacientes em neurocirurgia por mês. “Hoje, com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que tem um serviço de excelência de urgência e emergência, a Santa Casa tem um paciente que antes não chegava e em função deste atendimento de qualidade de urgência, começa a chegar. Antes não vinha porque não tinha a rapidez e agilidade que hoje o Samu proporciona nos acidentes”, enfatizou.
Com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, a Santa Casa atendia uma média de 20 pessoas por mês. “Quando tem um valor financeiro que te impõe margem enxuta para os atendimentos e você extrapola de ações, a situação vai se complicando. O hospital recebe R$ 27 mil para suportar custo que a gente tem em média mensal de R$ 110 e já chegou a R$ 120 mil”, frisou.
Os usuários da Sansaúde terão os serviços de neurocirurgia em Rio Preto. “No hospital, temos um médico para as consultas do Sansaúde e no AME, a neurologia continua fazendo. No hospital não temos a garantia de nenhum médico. É difícil um medico sustentar 24 horas por dia em sete dias no plantão. Precisamos de no mínimo dois profissionais para escala de plantão de 24h”, ressaltou.