Andressa Aoki
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O 1º Congresso Internacional de Educação do Noroeste Paulista terminou ontem, depois de cinco dias de trabalho. Municípios de 34 cidades se reuniram para tratar seus desafios na área. As principais questões levantadas foram educação integral, formação inicial e continuada de docentes, gestão das unidades e a alfabetização na idade certa.
Em entrevista ao jornal A Cidade, a secretária municipal de Educação, Cultura e Turismo, Eliane Godói, ressaltou que os municípios já estão realizando educação integral de alguma forma. “Ela precisa ser tratada em concordância com outros aprendizados para o desenvolvimento do cidadão, do indivíduo, saindo do modelo de ensino regular. É quando os alunos podem ter aulas de bordado, de xadrez, de balé, de judô e outras atividades”, disse.
Ela afirmou que as cidades fizeram seu diagnóstico, por meio do PAR (Plano de Ações Articuladas) do MEC (Ministério da Educação). “O PAR é utilizado para planejamento da estrutura da rede municipal. No Arranjo de Desenvolvimento da Educação do Noroeste do Estado de São Paulo, trabalhamos de forma coletiva estes temas”, ressaltou.
Eliane frisou que os desafios educacionais são semelhantes com os de outras cidades. “Trabalhamos focados para sanar problemas e melhorar a qualidade”, complementou.
A secretária apontou as conquistas depois da realização dos Arranjos. “Poucos municípios faziam parte do programa “Mais Educação” do MEC, de incentivo financeiro. Elaboramos um projeto com as nossas ações. A partir deste relatório, o Ministério entendeu que poderíamos participar do programa. Também conseguimos tirar dúvidas sobre os recursos do Fundeb e atualizar nosso conhecimento”, ressaltou.
O professor Mozart Neves Ramos, do Movimento “Educação para Todos” explicou o histórico dos Arranjos. “Começamos em 2009, era uma ideia. Os eventos foram aumentando com uma grande velocidade. Já está no Plano Nacional o Arranjo como um mecanismo de colaboração”, afirmou.
Por sua vez, o conselheiro da Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional da Educação, Francisco Cordão, falou sobre a estrutura da educação nacional, dividida em básica e superior. “A educação básica é formada por etapa infantil, que é de responsabilidade da cidade. O Ensino Fundamental é compartilhado por município e Estado e os Ensinos Médios, somente do Estado”, ressaltou.