Sobre o pagamento dos colaboradores, Mário admitiu que a instituição está atrasando
Andressa Aoki
Por conta da sua dívida, a Santa Casa de Votuporanga está revendo a sua política de humanização. O administrador do hospital, Mário César Homsi Bernardes, ressaltou que as ações humanitárias são significativas. "Temos psicólogos na UTI. Uma equipe de enfermeiros dedicadas para fazer curativos em pacientes acamados, um grpo de Assistência Social no Pronto Socorro tentando aliviar o sofrimento das pessoas. Isso o SUS não paga e a instituição se vê obrigado a rever toda esta política de humanização para fazer o orçamento caber na receita", frisou.
Só o hospital, tem 960 funcionários. O complexo todo Santa Casa que envolve o AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), a Farmácia de Alto Custo, emprega 1600 funcionários. A folha de pagamento só da Santa Casa é em torno R$ 1 milhão, de todo o complexo, R$ 1,7 milhão. "O quadro de pessoal é enxuto, já foi maior que este", revelou.
Sobre o pagamento dos colaboradores, Mário admitiu que a instituição está atrasando. "Pagamos no dia 10 os funcionários que têm a menor remuneração e tentamos jogar para o dia 14 no máximo, o complemento da folha. O trabalho é incansável para organizar o fluxo de caixa", afirmou.
O administrador explicou que a Santa Casa não pretende suspender mais nenhum serviço."A gente não quer pensar em cortar mais nenhum serviço. A gente está colecionando resultados positivos. Volume de compras de janeiro a julho de 2011 e neste ano, reduzimos 18%. Ações que permitem a gente acreditar que não vamos precisar chegar no extremo de fechar mais serviços. Sansaúde, serviço importante, é uma receita significativa. O plano injeta um recurso importante. A Santa Casa está fazendo o que pode para se sustentar", finalizou.