Halim Haddad foi o entrevistado de ontem naa Rádio Cidade, no programa Jornal da Cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O empresário Halim Haddad, pessoa fundamental na conquista do curso de Medicina para a Unifev (Centro Universitário de Votuporanga), esteve ontem, às 11h, no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para contar como foram os contatos com o seu primo, Fernando Haddad, então ministro da Educação, para que Votuporanga conseguisse o curso.
Assim que Fernando Haddad assumiu o Ministério da Educação, Halim começou a falar com ele sobre o interesse de Votuporanga no curso de Medicina. “Um dia, o então prefeito Carlão Pignatari disse que a gente precisava trazer o Fernando aqui na cidade. Eu encontrei o vereador Osvaldo Carvalho e perguntei se tinha como conceder um título de “Cidadão Votuporanguense” ao ministro. Osvaldo atendeu rapidamente o pedido. Liguei para o Fernando contando e ele veio aqui receber a homenagem. Na saída, peguei ele pelo braço e disse que a homenagem não era de graça. Ele disse que concederia uma faculdade de tecnologia. Eu falei: e a Medicina? Ele disse que estudaria, mas eu disse que nós queríamos a Medicina”, contou Halim.
Apoiado em sua bengala, Halim foi quatro vezes com o prefeito Junior Marão a Brasília, pegava avião de madrugada, mas não se cansou. “Eu falava, Fernando, a gente quer a Medicina. Ele pediu para eu ficar calmo, porque via as notas de Votuporanga e sabia quer eram boas”, disse.
Depois da conquista da residência médica para a Santa Casa de Votuporanga, a equipe da Unifev, administração municipal e outras pessoas que buscavam a aprovação do curso continuavam as visitas a Brasília. “O Fernando disse que estava tudo certo, que o caminho estava preparado e que a gente receberia a faculdade de Medicina em alguns dias. Ele sempre quis. Ele dizia que gosta muito de Votuporanga, que a cidade merece porque leva tudo a sério”.
Uma vez por semana, Halim perguntava se Fernando Haddad deixaria o Ministério para se candidatar a prefeito de São Paulo. “Ele deixou tudo pronto e disse para eu não me preocupar”. Halim contou que o mais difícil foi passar pelo Conselho Nacional de Saúde. “Um dia o Fernando me ligou perguntando se eu ia para Brasília e disse que Votuporanga seria aprovada pelo Conselho”.
Segundo Halim, a faculdade de Medicina deu um pouco de trabalho. “Eu viajei bastante, mas deu resultado. Recebemos o curso com a melhor nota”.
Halim finalizou a entrevista dizendo que as chances do município conseguir o curso eram poucas e se não tivesse Fernando Haddad como ministro, Votuporanga não conseguiria.