Andressa Aoki
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A Comunidade Nova Vida está na busca de parceiros para manter os leitos SUS (Sistema Único de Saúde). O convênio com o SUS terminou no último mês e a entidade parou de receber R$ 800 por cada leito. Ao todo, são oito dedicados ao Sistema Único de Saúde.
O diretor da Comunidade Nova Vida, Alexandre Giora, explicou para o jornal A Cidade, que a entidade atende 13 pessoas gratuitamente, de um total de 25 internos. “O contrato encerrou em junho e estamos viabilizando os leitos com recursos próprios. O nosso objetivo é manter o tratamento para estas pessoas”, disse. O convênio tinha duração de um ano.
Alexandre e toda a equipe da instituição, juntamente com a Secretaria de Saúde, busca o credenciamento dos leitos do SUS, por meio dos programas Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) e Caps AD (Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas). “Estamos mandando o projeto para ser analisado e demorará de 90 a 120 dias para termos a resposta. Se o retorno for positivo, Votuporanga poderá ter 30 leitos para atender a demanda, que cresce a cada dia”, afirmou.
O Caps de Votuporanga atende pacientes com problemas de saúde mental. A terapia comunitária é desenvolvida semanalmente no Caps , além das rodas de terapia. Esse trabalho vem sendo desenvolvido em algumas unidades de saúde do munícipio, como no Consultório do São João. Já o Caps AD, pleiteado por Votuporanga é específico para pessoas dependentes de álcool e drogas.
Um dos benefícios da adesão dos programas, é que a Comunidade não precisaria renovar com o governo, sendo uma ação contínua. Outro ponto positivo é que a entidade receberia R$ 1000 por assistido do leito SUS.
Ele contou que cada interno gera um custo de R$ 1.300. “Com a verba do SUS, a conta já não batia. Mas buscamos sempre melhorar nossa situação financeira com promoções e com o co-financiamento municipal”, destacou.
Alexandre frisou que a entidade irá manter os assistidos, mesmo sem a ajuda do SUS. “Enquanto o município não tiver credenciado, estamos buscando o apoio da Prefeitura para que nos ajude no custeio destas internações. A família que tem algum assistido no leito SUS não tem condições de ajudar a entidade”, enfatizou.
Ele está confiante no pedido. “A Comunidade Nova Vida é uma das poucas comunidades terapêuticas que está apta a receber os recursos do governo. Desenvolveremos um projeto parecido com o do ano passado, quando fomos aprovados pelo Ministério de Saúde”, afirmou.
Alexandre ressaltou que a Comunidade tem fila de espera com relação aos leitos do SUS. “São oito pessoas que aguardam vaga. Quando desocupamos, logo encaixamos mais pacientes”, finalizou.