O SAE (Serviço de Atendimento Especializado) atendeu 11 casos da doença neste ano
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A médica Regina Silvia Chaves de Lima, da Vigilância Epidemiológica de Votuporanga, ministrará uma palestra sobre tuberculose nesta sexta-feira, a partir das 8h, no Espaço Unifev Saúde. O encontro é regional e abrangerá dezenas de profissionais de saúde. O evento faz parte da programação da Vigilância Epidemiológica.
Regina falará sobre os temas: definição de caso novo; diagnóstico; exames radiológicos e laboratoriais; coleta de escarro; indicação e leitura de PPD (exame de tuberculose). O SAE (Serviço de Atendimento Especializado) atendeu 11 casos da doença neste ano. No ano passado, foram 25 atendimentos.
A pessoa que apresentar qualquer um dos sintomas deverá procurar a Unidade de Saúde ou Consultório Municipal mais próximo de casa, para ser submetido à consulta e exames. Todas as enfermeiras do município estão capacitadas a solicitar os exames dos “Sintomáticos Respiratórios”, e em caso de diagnóstico positivo de tuberculose, o paciente será encaminhado para referência de tratamento, que em Votuporanga é realizado pelo SAE.
São necessários, no mínimo, seis meses para que a tuberculose seja curada.
A doença
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada de Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, em homenagem a Robert Koch, médico alemão que identificou a bactéria. A doença é muito famosa pelo seu acometimento pulmonar (tuberculose pulmonar), mas poucos sabem que vários outros órgãos do corpo também podem ser infectados pela tuberculose, como pele, rins, linfonodos, ossos, cérebro, etc.
A doença se transmite pelo ar, por contato com secreções respiratórias contaminadas, habitualmente através da tosse. Os pacientes contagiosos são aqueles que apresentam tuberculose pulmonar ou na laringe. Além da tosse, o bacilo da tuberculose pode ser transmitido pelo espirro, pelo cuspe ou até por conversas próximas onde há trocas de perdigotos.
Pacientes com tuberculose extrapulmonar não são capazes de transmitir a bactéria. Por exemplo, um paciente com tuberculose ganglionar pode entrar em contato com outras pessoas que não há risco de contágio. Todavia, se este paciente com tuberculose ganglionar também tiver tuberculose pulmonar ativa, ele pode transmiti-la para outros.