Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Dependência química, esse foi o assunto abordado na entrevista de ontem do programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, às 11h, com o entrevistado Belisário Gomes Pena (Billy), terapeuta responsável pela Estação Vida – Comunidade Terapêutica Feminina de Votuporanga. Billy contou sua história e falou da importância dos trabalhos preventivos ao uso de drogas. Hoje, a partir das 9h, Billy estará no Centro Social, ministrando uma palestra sobre dependência química aos membros do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e comunidade votuporanguense.
De acordo com Billy, a dependência química é um assunto que preocupa toda a sociedade e a prevenção é o melhor caminho.
Trabalhando desde o ano de 1984 com a prevenção e tratamento de dependentes, Billy foi usuário de drogas. Após sua recuperação, decidiu servir as outras pessoas. “Deus muitas vezes transforma as coisas negativas que acontecem em nossas vidas em coisas positivas. Eu, infelizmente, fui usuário dos 11 aos 23 anos de idade. Comecei a usar por curiosidade, experimentando maconha, comprimidos que fazem efeito e cheguei a cocaína injetável, diariamente. Fui ao fundo do poço, ao ponto de perder família e emprego. Não foi a sociedade que fez isso comigo, fui eu e a droga, por isso decidi dar um jeito. Deus me estendeu a mão e consegui agarrar essa única oportunidade com a ajuda da minha família e da sociedade”, contou.
Começou tratamento em 1984, em Minas Gerais, depois foi para o Rio de Janeiro estudar a dependência química. Ajudou na montagem de uma comunidade terapêutica lá, voltou para Belo Horizonte e ajudou outros centros de recuperação. Depois disso, recebeu convite do padre Sílvio Roberto dos Santos para conhecer o trabalho da Comunidade Nova Vida, em Votuporanga, a intenção era ficar por apenas 15 dias, mas acabou permanecendo por 14 anos. Posteriormente, foi trabalhar em Balneário Camboriú-SC. E, por fim, estava em Teresina-PI, onde permaneceu por quatro anos trabalhando com o Governo do Estado, que é muito sensível a essa questão da droga e ofereceu suporte para a criação de uma comunidade terapêutica que hoje atende 300 pessoas gratuitamente. Garantindo também trabalhos preventivos e de reinserção social. Agora, como um novo desafio, Billy está na Estação Vida.
O que leva ao uso de droga:
Billy explicou que nas entrevistas que faz com os dependentes, normalmente eles ressaltam que a curiosidade leva ao primeiro contato com a droga. “Porém, a gente sabe que por traz dessa curiosidade existe uma série de fatores que levam ao uso da droga, uma delas é o desvio de comportamento. A gente observa uma criança hiperativa, que tem dificuldade de aprendizado, filho de pais alcoólatras, desagregação familiar, entre outros fatores. Eu não estou dizendo que é isso que vai levar a usar droga, mas dentro das entrevistas a gente observa que antes da curiosidade existe um desajuste familiar e um desajuste pessoal na criança e no adolescente”, falou Billy.
Legenda:
Belisário Gomes Pena (Billy) esteve ontem na Rádio Cidade
Drogas
Terapeuta aponta fatores que levam à dependência
Billy disse que os dependentes dizem que a curiosidade leva ao primeiro contato com a droga
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Dependência química, esse foi o assunto abordado na entrevista de ontem do programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, às 11h, com o entrevistado Belisário Gomes Pena (Billy), terapeuta responsável pela Estação Vida – Comunidade Terapêutica Feminina de Votuporanga. Billy contou sua história e falou da importância dos trabalhos preventivos ao uso de drogas. Hoje, a partir das 9h, Billy estará no Centro Social, ministrando uma palestra sobre dependência química aos membros do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e comunidade votuporanguense.
De acordo com Billy, a dependência química é um assunto que preocupa toda a sociedade e a prevenção é o melhor caminho.
Trabalhando desde o ano de 1984 com a prevenção e tratamento de dependentes, Billy foi usuário de drogas. Após sua recuperação, decidiu servir as outras pessoas. “Deus muitas vezes transforma as coisas negativas que acontecem em nossas vidas em coisas positivas. Eu, infelizmente, fui usuário dos 11 aos 23 anos de idade. Comecei a usar por curiosidade, experimentando maconha, comprimidos que fazem efeito e cheguei a cocaína injetável, diariamente. Fui ao fundo do poço, ao ponto de perder família e emprego. Não foi a sociedade que fez isso comigo, fui eu e a droga, por isso decidi dar um jeito. Deus me estendeu a mão e consegui agarrar essa única oportunidade com a ajuda da minha família e da sociedade”, contou.
Começou tratamento em 1984, em Minas Gerais, depois foi para o Rio de Janeiro estudar a dependência química. Ajudou na montagem de uma comunidade terapêutica lá, voltou para Belo Horizonte e ajudou outros centros de recuperação. Depois disso, recebeu convite do padre Sílvio Roberto dos Santos para conhecer o trabalho da Comunidade Nova Vida, em Votuporanga, a intenção era ficar por apenas 15 dias, mas acabou permanecendo por 14 anos. Posteriormente, foi trabalhar em Balneário Camboriú-SC. E, por fim, estava em Teresina-PI, onde permaneceu por quatro anos trabalhando com o Governo do Estado, que é muito sensível a essa questão da droga e ofereceu suporte para a criação de uma comunidade terapêutica que hoje atende 300 pessoas gratuitamente. Garantindo também trabalhos preventivos e de reinserção social. Agora, como um novo desafio, Billy está na Estação Vida.
O que leva ao uso de droga:
Billy explicou que nas entrevistas que faz com os dependentes, normalmente eles ressaltam que a curiosidade leva ao primeiro contato com a droga. “Porém, a gente sabe que por traz dessa curiosidade existe uma série de fatores que levam ao uso da droga, uma delas é o desvio de comportamento. A gente observa uma criança hiperativa, que tem dificuldade de aprendizado, filho de pais alcoólatras, desagregação familiar, entre outros fatores. Eu não estou dizendo que é isso que vai levar a usar droga, mas dentro das entrevistas a gente observa que antes da curiosidade existe um desajuste familiar e um desajuste pessoal na criança e no adolescente”, falou Billy.