A principal dificuldade para encontrar uma criança é a restrição que a família faz
Leidiane Sabino
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O primeiro passa para quem deseja adotar é fazer o seu cadastro a Vara da Infância e Juventude no Fórum de sua cidade. É preciso preencher um requerimento e fornecer documentos. A pessoa interessada recebe orientação de psicólogos e assistentes sociais e passa por um curso de preparação psicossocial e jurídica, que é oferecido três vezes por ano em Votuporanga, com todas as informações sobre adoção, esse curso é obrigatório. Também é realizado um estudo social com a família.
Depois de tudo isso é buscada uma criança no município para adoção. Caso não seja encontrada, a procura é por meio do Cadastro Nacional de Adoção. “Adoção é uma forma de colocar uma criança em família substituta quando não conseguimos recuperar a família biológica. Essa opção se transforma em esperança para a criança que vem de um lar desestruturado”, destacou o juiz da Vara da Infância e da Juventude de Votuporanga, José Manuel Ferreira Filho.
A principal dificuldade para encontrar uma criança é a restrição que a família faz ao preencher o formulário, quando ela define idade, cor, quantidade de irmãos, condição de saúde e outros fatores que eliminam uma séria de crianças disponíveis. “Muitas vezes, as famílias não querem aceitar alguns desafios. As crianças do cadastro de adoção, normalmente têm alguma fragilidade. É necessário que se faça um exame de consciência sobre a necessidade da adoção inter-racial, de crianças com algum problema de saúde, de irmãos”, contou o juiz.
O juiz destacou que está crescendo a quantidade de mães com problemas com drogas. Depois de terem seus filhos elas resolver passá-los para adoção.
Há formas mais simples de adoção, como quando os pais falecem e a criança mora com os padrinhos, que resolvem adotá-la. Quando o companheiro/ companheira resolve adotar o filho da companheira/ companheiro. Nesses casos, a família interessada não precisa estar no cadastrado de adoção.