A intenção da administração municipal é beneficiar 150 famílias com o Programa de Desfavelamento
Leidiane Sabino
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O prefeito Junior Marão reunião a imprensa ontem, às 11h30, em seu gabinete, para falar do Programa de Desfavelamento do município. Serão construídas 83 casas por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), beneficiando em Votuporanga as famílias dos bairros Jardim Ipiranga e São Cosme/ Damião. Os moradores precisam sair do local até o final do mês para que os barracos sejam derrubados e a construção das casas comece em junho. Com prazo conclusão de dois anos, a obra deve se adiantar terminar no final do ano.
A partir de hoje, as famílias que foram comunicadas devem comparecer na Prefeitura, em horário agendado para receber as informações sobre este programa. Durante o prazo de até um ano, a Prefeitura garantirá um apoio de R$200, por meio do Fundo Municipal de Habitação, com aprovação da Câmara Municipal, para que cada família possa se manter durante a construção da nova casa. Irá garantir também suporte para a mudança das famílias.
A intenção da administração municipal é beneficiar 150 famílias com o Programa de Desfavelamento. As que não moram nos bairros Jardim Ipiranga e São Cosme/ Damião estão incluídas nos outros programas habitacionais do município.
“Essas duas favelas existem há muito tempo, em áreas irregulares e desde 2009 estamos tentando resolver este problema. Foram precisos vários processos, como a regularização do local, licitação e contratação da empresa para a construção”, explicou o prefeito.
O prefeito disse ainda que os R$200 podem não ser o valor total de um aluguel na cidade, mas grande parte dos moradores das favelas tem renda e podem complementar, além de terem parentes morando nas proximidades. “Os parentes podem ser unir e alugar uma só casa. É por pouco tempo e o benefício maior será a casa própria”. Marão garante que este será um importante benefício para a cidade e, principalmente, para quem receberá uma nova casa, que terá o mesmo padrão das outras construídas pela CDHU.
A administração municipal solicitou ajuda às imobiliárias para que indiquem casas com valores menores de aluguel. Quem não quiser sair da casa, receberá ordem de despejo, pois todos os barracos precisam ser destruídos.
É importante lembrar que as famílias que se beneficiaram com programas habitacionais do Estado de São Paulo ou Governo Federal e venderam suas casas, não poderão receber a casa do Programa de Desfavelamento.
O vereador Mehde Meidão Kanso, presidente da Câmara Municipal, explicou que as casas não serão sorteadas, basta a família morar em uma das casas da favela. O valor da prestação será de 15% da renda familiar. Ele também cumprimentou o prefeito pela atitude, que garantirá moradia digna para a população.
Posteriormente, a fiscalização da Prefeitura irá tentar inibir a formação de novos núcleos de favela.
Alexandre Giora, diretor de Relações Comunitária, representante da Secretaria da Cidade; Jorge Seba, secretário de Desenvolvimento Urbano; e Tatiana Megiani, diretora do Departamento Municipal de Habitação; também estiveram na reunião na manhã de ontem.