Depois de inúmeras idas e vindas nos caixas dos supermercados, as sacolinhas deixarão de ser distribuídas gratuitamente a partir de amanhã, quarta-feira. O acordo entre governo do Estado e a Apas (associação dos supermercados) para o fim das embalagens começou oficialmente no dia 25 de janeiro. Mas depois de muita confusão, Procon e Ministério Público firmaram um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com a associação para mais 60 dias de adaptação. 

Neste período, além da distribuição gratuita das sacolas, os supermercados tiveram de reforçar campanha alertando sobre a nova data.  O TAC estipulou ainda que, até agosto, as redes que aderirem ao acordo da Apas terão de oferecer sacolas reutilizáveis por no máximo R$ 0,59. Antes de passar as compras, os operadores de caixa terão de informar ao consumidor sobre o não fornecimento das embalagens descartáveis. A medida vale por um ano.

De acordo com o Procon, as relações comerciais são baseadas em uso e costumes e por isso abolir as sacolinhas sem uma intensa campanha seria abusivo. A partir de agora, porém, as redes têm o respaldo do órgão para cobrar pela embalagem. 

A Apas afirma que a adoção da medida tem caráter ambiental. Uma sacola plástica demora cerca de 300 anos para se decompor. Atualmente, só a capital distribuiu 1 bilhão de embalagens descartáveis por ano, segundo estimativa do presidente do associação de supermercados, João Galassi.