Docentes da rede municipal reclamam ainda da quantidade de alunos e do horário de trabalho dos educadores
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
Professores da rede municipal se reuniram no fim da tarde de ontem, na Câmara Municipal, para propor melhorias na educação. As reivindicações focaram a demora na aprovação do plano de cargos e de carreiras, que está sendo elaborado desde 2010. Segundo os docentes, a resposta da Secretaria é de que o documento está no setor de Finanças da Prefeitura.
A professora Cleide Garcia, membro da comissão do plano de cargos e carreiras, destacou que é direito dos profissionais. Eles reclamaram que o Poder Legislativo aprovou o plano de cargos e carreiras dos servidores municipais, mas não o da Educação, que não foi encaminhado para a Câmara. “Na campanha do prefeito Junior Marão, falamos da lei 40, que aborda o plano do magistério. Foi formada uma comissão de professores e funcionários da Secretaria que, a cada 15 dias, se reuniram para fazer o projeto”, disse para o jornal A Cidade.
Entre os benefícios do plano está o aumento do salário de acordo com a especialização. “Isso faz com que os profissionais busquem estudar e se capacitar ainda mais. É receber um reajuste de acordo com o merecimento”, enfatizou.
Cleide explicou que a preocupação é na votação do projeto, que entra em vigor somente um ano após a sua publicação. “Ouvimos dizer que isso só ocorrerá em 2013. Sendo assim, só receberíamos em 2014”, contou.
A vereadora Encarnação Manzano, acompanhada dos colegas do Legislativo, José Carlos Leme de Oliveira e Osvaldo Carvalho, se comprometeu a marcar uma reunião com todos os envolvidos, inclusive a secretária de Educação, Cultura e Turismo, Eliane Baltazar Godói, o prefeito Junior Marão e o presidente da Câmara, Mehde Meidão Slaiman Kanso.
Educadores
Uma outra questão abordada foi a dos educadores infantis, que estariam acumulando funções e cuidando de oito crianças cada uma. “Fomos contratados para cuidar das atividades recreativas. Faltam professores e somos colocados em salas de aulas”, contou Juliana Rodrigues Cesare. Eles pleiteiam carga horária de seis horas.
Os profissionais também reclamaram de um concurso realizado para professores adjuntos. “Foram abertas 26 vagas, mas até agora, ninguém foi chamado. A resposta que temos é que não precisam de profissionais no momento”, frisou Cleide.
Horários
A professora também contou de um contratempo que teve com Meidão com relação ao horário. Segundo Cleide, o horário marcado para a reunião foi às 17h30. Entretanto, ela foi informada de que o presidente da Câmara entendeu que era às 16h30.
De acordo com informações dos funcionários da Casa de Leis, uma parte da equipe da Secretaria da Educação e da Finanças esteve presente para participar da reunião e esperou até às 17h30, sem sucesso.