Andressa Aoki
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O votuporanguense e presidente da Dersa, Laurence Lourenço, foi o principal palestrante do Fórum de Logística da Unifev, realizado na quarta-feira, na Cidade Universitária. Ele deu detalhes do projeto da ligação seca entre Santos e Guarujá.
O túnel imerso entre Santos e Guarujá será implantado em concreto armado, com profundidade mínima de 21 metros, 900 metros de extensão, com três faixas de rolagem por sentido, e com espaço exclusivo para pedestres e ciclistas. A passagem de veículos comportará automóveis e caminhões.
O futuro túnel ligará os bairros de Outeirinhos, em Santos, a Vicente de Carvalho, no Guarujá, e permitirá, na sua inauguração, o tráfego de automóveis, caminhões, pedestres e ciclistas. A solução também será compatível com o sistema de VLT (veículo leve sobre trilhos) que será implantada na Baixada Santista. O projeto é denominado de “Prestes Maia”.
Laurence disse que para elaborar o projeto, foi preciso conhecer a demanda para uma melhor localização e solução construtiva. “A região escolhida foi a metropolitana da baixada Santista. Conversamos com os interessados desde governos federal, estadual, Prefeitura do Guarujá, comunidade e Petrobrás”, afirmou.
Ele destacou que esta região é a que irá mais crescer em 10 anos. “O motivo é o Pré-sal”, complementou.
“Os túneis imersos constituem uma alternativa interessante para a transposição secas de canais navegáveis, pois evitam as limitações de altura que surgem sempre que se opta pela construção de uma ponte”, explicou.
Laurence destacou que a proposta foi de mobilidade urbana. “A logística veio para resolver este problema de quase 100 anos. O porto de Santos ganhou importância desde a década de 20 com o café e a preocupação era de como estabelecer uma ligação seca entre Santos e Guarujá”, disse.
Ele contou que atualmente, a travessia é feita de balsa ou via rodovia, que contabilizam 43 quilômetros. “Isso traz pouca competividade do porto, porque o custo encarece o produto”, frisou.