Andressa Aoki
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O advogado Gésus Grecco recebeu ontem o jornal A Cidade, com exclusividade, para falar sobre a ocorrência policial de perturbação de sossego contra as badaladas do relógio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Igreja Matriz. Ele — que é defensor da Paróquia — explicou que o padre Gilmar Margotto deve ser notificado, no máximo em 30 dias, sobre a ocorrência.
Dr. Gésus disse que a ocorrência policial é o início de uma ação penal. “Faz-se um boletim de ocorrência e iniciam-se um inquérito policial e um processo penal. Com a lei nova (9.099), quando o assunto é crime de menor potencial ofensivo, é feita uma transação penal, que nada mais é que um acordo. O Ministério Público irá chamar o padre e tentar um acordo”, afirmou.
Ele ressaltou que não existe motivo para a ocorrência. “Não tem motivos. Tudo está legal”, enfatizou.
O advogado enfatizou que o objetivo não é criar problema com ninguém. “Mas não é uma minoria que vai dar ordem na cidade, em um bem da sociedade”, frisou.
Dr. Gésus explicou que não fará nada que saia das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “Vamos controlar os decibéis que não podem passar de 50 durante o dia e de 30, durante a noite”, contou.
Ele enfatizou que os investimentos na Paróquia estão ocorrendo porque Votuporanga tem pretensão de ser diocese. “Se isso acontecer, a Matriz será uma catedral e tem que estar tudo reformado, inclusive o som”, disse.
A polêmica das badaladas do relógio repercutiu até na Câmara Municipal. s vereadores Mehde Meidão Slaiman Kanso e Osvaldo Carvalho repercutiram a matéria do jornal A Cidade sobre o boletim de ocorrência envolvendo perturbação de sossego contra os badalos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Igreja Matriz.
Meidão disse que os autores do boletim são três magnatas da cidade, que se julgam os donos de Votuporanga. “Entramos com indicação para que o relógio voltasse, mas os três magnatas entraram na Justiça. Eu tenho uma idéia, de mudarem para uma chácara, mas tenho a impressão que até o canto dos passarinhos iriam atrapalhar o ouvido sensível destas pessoas”, frisou.
Já o vereador Osvaldo Carvalho leu trechos do Código de Posturas. “Não são proibidos os sons, desde que sirvam para indicar horas e falar de cultos religiosos. Creio que 99% aprova as badaladas”, opinou.
Osvaldo contou que o Código de Posturas fala que o relógio poderia funcionar das 5 até as 22h. “O toque é de hora em hora. A badalada é elogiada por todos”, enfatizou.