Leidiane Sabino
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A Santa Casa de Votuporanga recepcionou ontem, às 17h30, no auditório do Espaço Unifev Saúde, os 13 médicos que farão parte da terceira turma de residentes da instituição, um trabalho da Coreme (Comissão de Residência Médica), em parceria com a Unifev.
Os médicos serão divididos entre as especialidades de Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Clínica Médica Cirurgia Geral e Radiologia, com duração de dois a três anos.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, ressaltou que em Votuporanga o trabalho da saúde é realizado em equipe e com comprometimento de todos os órgãos envolvidos.
Para o administrador da Santa Casa, Mário Homsi Bernardes, a proposta de Votuporanga é totalmente inovadora. “A gente trabalha junto, Santa Casa, AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e Atenção Básica para minimizar os custos e oferecer atendimento diferenciado para a população. Espero e desejo que a Santa Casa seja para vocês uma boa escola, um bom exemplo. Renovo com vocês o compromisso de manter sempre aberta a porta do diálogo”.
Nelson Thomé Seraphim Júnior, presidente da Unifev, disse que a Santa Casa é uma das maiores parceiras da instituição de ensino superior de Votuporanga e falou das expectativas para a abertura do curso de medicina na Unifev. “Esperamos o nosso curso ainda esse ano, vocês ainda se encontrarão com nossos alunos”, disse.
Segundo o reitor da Unifev, Marcelo Loureço, Votuporanga mostra que saúde não é feita apenas com recursos financeiros. “Aqui se faz saúde com investimento em capacitação, gestão e recurso humano”, falou. O reitor disse ainda que a residência médica tem a primária função de fixar o médico na cidade.
A secretária municipal de Saúde, Fabiana Parma, contou que o país passa por uma dificuldade muito grande de segurar médicos em cidades menores. “Nossa intenção é que vocês fiquem por aqui e a Secretaria de Saúde estará sempre de braços abertos”.
O médico Alexandre Henrique Caetano de Parma, presidente da Coreme, explicou que o Governo Federal percebeu que faltava qualificação para o médico recém-formado e passou a exigir que os municípios interessados em abrir o curso de medicina, primeiro ofereçam residência médica. Foi assim que Votuporanga fez, primeiro está oferecendo a residência e aguarda a liberação para incluir o curso nos próximos vestibulares da Unifev.
Alexandre Parma falou ainda das dificuldades para implantar a residência no município. “Foi muito difícil convencer os médicos da importância deste trabalho, mas nós conseguimos e só tenho a agradecer a todos os que participaram deste processo”.
Para o médico, a medicina, para existir, precisa do tripé: aprender, executar e ensinar. “Onde existe a residência médica, diminui a mortalidade, a estadia no hospital e aumenta a percepção de qualidade. Todos os bons hospitais do país oferecem a residência médica. Passei por 11 instituições ao longo de minha carreira como médico. Em Votuporanga é diferente. Quero que todos vocês saiam daqui com orgulho desta instituição, orgulho de terem passado por aqui”, finalizou.