Leidiane Sabino
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Uma possível reestruturação do mercado municipal é muito discutida em Votuporanga. Lideranças, população e proprietários dos boxes manifestam a intenção de ver o local, novamente, como espaço de encontro de pessoas e também um ponto comercial requisitado, por ser no centro da cidade e também fazer parte da história do município. Maria de Lourdes Silvério, proprietária de 10 boxes no prédio, falou ao Jornal A Cidade das dificuldades para melhorar o espaço e sobre o sonho de ver o mercado como um ponto de referência ao turista.
O prédio, que também abrigava o terminal rodoviário, já foi muito movimentado. Filha de Esmeraldino Silvério de Andrade, um dos primeiros a ter um espaço no mercado municipal, há mais de 50 anos, comercializando frutas e legumes, Maria de Lourdes, contou que o mercado municipal era ponto de encontro da população. “Depois que retiraram a rodoviária daqui, a situação ficou ainda pior. O movimento caiu muito”, disse.
Ela falou que muitas pessoas que passam pelo mercado lamentam o seu abandono, lembrando-se do tempo que este foi um importante ponto da cidade.
O mercado tem hoje mais de 100 boxes e apenas aproximadamente 10 ocupados. São em média 25 donos, Maria de Lourdes disse que alguns desaparecem e nem o IPTU pagam mais.
Para Maria de Lourdes, que insiste em manter o seu comércio de artesanato, roupas e artigos religiosos no local, a reestruturação é um sonho. “Mesmo que seja por meio de um tombamento, queria ver este espaço reformado, aproveitado. Pode-se fazer aqui um camelódromo, com espaço reservado aos artesãos. Tem muitos artesão em Votuporanga e alguns não têm onde ficar. Aqui pode ser um ponto de referência para o turista, espaço para a comercialização de lembranças da terra”, desabafou.
Ela contou ainda que o fundo do prédio tem sido utilizado para tráfico de drogas, fator que prejudica a cidade. “Se eu tivesse abandonado aqui, já teriam tomado conta para bagunça”.
Sem a ajuda de autoridades públicas, Maria de Lourdes que também é professora de artesanato e esposa do síndico do prédio, João Carlos de Lima Neto, disse que não é possível fazer nada para melhorar.
No mercado ainda pode-se encontrar os serviços de eletrônico, amolador de alicates e sapateiro.