O Estado de São Paulo já cumpre com o piso nacional dos professores - que é de R$ 1451,00
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
A greve dos professores terminou ontem sem a adesão de Votuporanga. O jornal A Cidade entrou em contato com membros da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) para falar sobre a ação. Algumas reuniões foram feitas no município para iniciar uma paralisação, mas não obtiveram êxito.
Alguns deles estavam em São Paulo para uma assembleia. O motivo do final da paralisação foi a negociação com o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, que negociou com os docentes.
O Estado de São Paulo já cumpre com o piso nacional dos professores - que é de R$ 1451,00 -, mas os docentes e o governo estadual divergem em outro dispositivo da lei nacional, que determina que um terço da jornada seja destinado para atividades extraclasse. O sindicato defende que o tempo de sete aulas seja dedicado a atividades como correção de provas e preparação das aulas. No planejamento atual, esse período é de apenas uma aula.
O conflito de interpretações ocorre porque, segundo a secretaria, cada aula deveria ter 60 minutos, mas, desde janeiro, tem apenas 50 minutos. O governo alega que os dez minutos restante servem para que os docentes promovam as atividades extraclasses. Entretanto, para a Apeoesp, esse período é destinado à mudança de salas de aula e atendimento a alunos.
A Apeoesp deu um prazo para o governo, até o dia 20 de abril. A paralisação, de caráter nacional foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Cerca de 30% do Estado de São Paulo aderiu ao movimento.
Paralisação nacional
Em todo o País, os professores organizaram um movimento de alerta e paralisaram as atividades por três dias - de quarta até sexta-feira - para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério, o cumprimento da jornada extraclasse, o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, entre outras demandas.
Os Estados que paralisaram foram: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe, São Paulo e Tocantins.