Na reunião realizada na quarta-feira, todos os participantes eram favoráveis ao fechamento
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
Que o assunto do fechamento dos supermercados aos domingos era polêmico, todo mundo já imaginava. Depois da reunião do Sindicato dos Comerciários realizada na última quarta-feira, para que o acordo entre os supermercados se torne lei, muitos leitores do jornal A Cidade entraram em contato com a população para falar o que pensam sobre a medida.
Roberto Rodrigues mandou um e-mail para dizer que acha o projeto, um retrocesso. “Vejo isso como uma condição de retrocesso em uma cidade progressista como Votuporanga vem sendo destacada. Tenho certeza que se fosse feito um plebiscito junto a população, a concordância da abertura aos domingos seria aprovada com um percentual muito grande, pois os comentários são favoráveis a abertura. Quanto ao descanso dos empregados, concordo com a colocação do sindicato, porém existe escala, e não seria todos os domingos os mesmos funcionários que trabalhariam”, ressaltou.
Ele pediu para imaginar se os empregados da saúde, segurança pública, também quisessem adotar essa medida. “Seria o caos. Sinceramente vejo essa proposta com um grande atraso, pois enquanto outras cidades do porte de Votuporanga têm supermercados abertos aos domingos até a meia noite, aqui se fecha”, complementou.
Fernando Datorre também é contra a proposta de lei. “Quando leio esses textos vejo porque essa cidade continua um sertão em muitos aspectos. É ridículo que atitudes - e leis - assim proibam nosso direito de livre escolha e livre arbítrio”, contou.
O leitor comparou a medida com o rodízio de farmácias de plantão. “Já somos obrigados a comprar medicamentos em farmácias que não gostamos, pois existe uma lei que proíbe as farmácias de abrirem a noite e de domingos, ficando só as de plantão abertas. Essa questão do mercado é a mesma coisa. Quero ir na farmácia que eu gosto, quero ir ao mercado a hora que preciso. Os mercados deveriam ser 24h quem nem são em cidades desenvolvidas como São Paulo", destacou.
Márcia Costa pediu que as comissões avaliassem a geração de contratações. “E os empregos que são criados? Não levam em conta? O que não pode acontecer é trabalhar com os mesmos funcionários de segunda a domingo. É isso que os sindicatos deveriam ver, ao contrário, impedem novas contratações”, frisou.
Neide Ferreira Neves Barbin afirmou que é uma pena pois quem perde, é Votuporanga. “O pessoal vai para Rio Preto e compra lá, e não adianta dizer que tem o problema do descanso de funcionários pois é só fazer o rodizio de folgas. Já pensou se os hospitais fechassem aos domingos e feriados? Afinal de contas, eles também têm direito de descanso no final de semana não é? Tem gente que não está querendo qualidade de vida, quer viver numa cidade em pleno ano de 2012 como se tivesse na década de 30. A sociedade evoluiu bebê, sinto lhe informar, e para que as pessoas tenham mais qualidade de vida nesta cidade basta ter organização e menos egoísmo, se os donos de supermercados remunerasse bem seus funcionários e colocassem mais pessoas trabalhando, não iria parecer serviço escravo trabalhar aos domingos”, finalizou.