Carlos Henrique Andrade de Oliveira apresentou o plano de saneamento básico ontem
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A empresa RMInb apresentou ontem as propostas para o plano de saneamento básico de Votuporanga. Visando elaborar metas até os próximos 20 anos, os arquitetos Luciano Dias Lourenço e Carlos Henrique Andrade de Oliveira, alertaram com relação ao consumo de água.
Cada votuporanguense consome 25 litros por dia, sendo que a indústria representa 1,36%, comércio 7,52% e 84% de residências. “Um dos motivos é a tarifa ser mais baixa que os demais municípios, o que favorece mais o consumo per capita”, frisou.
Em 2006, o consumo médio de água por habitante foi de 81,70 m3 por ano. Já em 2010, foi para 92,41 m3.
Carlos Henrique orientou que seja reduzido o consumo de água per capita para 180 litros por dia. “Um ajuste na tarifa poderia conter a utilização”, destacou.
Ele explicou que será necessária a ampliação do sistema de abastecimento de água, já que a demanda está muito próxima da capacidade de produção. “É preciso desassorear a represa e recuperar a sua capacidade, além de plano de gerenciamento de riscos ambientais”, afirmou.
O arquiteto ressaltou que é necessária a proteção de áreas de manancial como produtora de água, inclusive com pagamento de serviços ambientais. “Além disso, a Saev deverá implantar uma nova fonte de captação de água bruta para a Zona Oeste”, frisou.
Carlos apontou que a autarquia deve modernizar seus equipamentos no serviço de saneamento, implantar sistema adicional de captação de água bruta, aumentar a capacidade de tratamento e o sistema de abastecimento e reservação de 7320 para 11320 m3 sendo distribuídos como 2/3 na Zona Sul e ½ na Norte. Também é preciso fiscalizar a implantação de redes de abastecimento de novos loteamentos e substituir as redes de 20 anos de uso.
Esgoto
Sobre o esgoto, os arquitetos destacaram alguns números. A coleta é feita em 99,3% na área urbana de Votuporanga e 100% em Simonsen. Eles pediram a ampliação do programa de separação de óleo e água, o monitoramento de águas pluviais no sistema de esgoto e o seu lançamento nas redes de drenagem de águas pluviais. “Os investimentos na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), já foram feitos visando uma demanda maior”, disse.
Luciano destacou que a questão do esgoto já foi resolvida. “O município teve que pegar um financiamento alto para atender a demanda. A parte da água ficou em estado crítico, produção de água no limite, reservação abaixa. O que a gente precisa é de planejamento para não ter estes picos”, complementou.
Drenagem
Os arquitetos Luciano Dias Lourenço e Carlos Henrique Andrade de Oliveira destacaram que Votuporanga está implantando plano de drenagem. Eles explicaram que
99,5% de ruas asfaltadas e que o escoamento é rápido.
Mas também apresentaram as falhas. “Canais insuficientes ao longo da avenida, necessidade de reforço de galerias existentes e incentivo a retenção de água e instalação de poços de infiltração”, disseram.
Sobre os resíduos sólidos, eles elogiaram o Ecotudo. “É um exemplo para o país”, afirmaram. Será necessária a ampliação do atendimento da coleta seletiva e adequação do município ao Política de Resíduos Sólidos, incentivar o uso de embalagens retornáveis e colocar educação ambiental como prioridade”, finalizou.