Jociano Garofolo
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É cada vez maior o número de animais silvestres que entram na área urbana de Votuporanga e invadem residências e terrenos. Desde a quinta-feira da semana passada, foram, foram capturados pelo Corpo de Bombeiros três animais, em pontos distintos da cidade. Nos últimos meses, também foram registrados casos envolvendo macacos, cobras e até um gambá.
A última aparição de um tamanduá aconteceu na madrugada de ontem e deixou abismados os moradores da rua Das Américas, próximo à rua Frederico Marin. Eles acordaram no meio da noite e se surpreenderam ao ver o animal silvestre em plena calçada, em uma região distante de matas.
Bombeiros utilizaram redes para capturam o animal, que foi colocado em uma gaiola e posteriormente devolvido ao habitat natural. O bicho capturado foi um tamanduá-bandeira, o maior da espécie.
Além destes, desde a quinta feira da semana passada (26), outros dois tamanduás deste tipo foram capturados. Um foi avistado por moradores em um terreno baldio da rua João Romani, no Jardim Comerciários e o outro estava dando uma "voltinha" pela avenida José Marão Filho.
Além destes casos, em novembro de 2011, os bombeiros de Votuporanga tiveram que atender duas ocorrências de tamanduás-bandeiras por bairros da cidade. Um na rua Paschoalino Pedrazzoli, próximo ao Assary Clube de Campo, e o outro, no Parque das Nações, próximo à "Mata dos macacos". Em levantamento feito também até o mês de novembro do ano passado, junto a Polícia Militar Ambiental, 52 animais silvestres foram encontrados na área urbana de Votuporanga.
O tamanduá-bandeira é uma espécie de hábitos noturnos, encontrada em todo território nacional. Apesar de aparecer como vulnerável na lista de extinção, na última década sua população cresceu. A maior causa de morte dos tamanduás-bandeiras, e que coloca os animais na lista de espécies em extinção mesmo com o crescimento de sua população, é a conversão de áreas naturais em lavoura e canaviais, fator que reduz as fontes de alimentos, ou seja, os cupinzeiros e formigueiros. A expansão da área urbana para a zona rural, com a criação de novos conjuntos residenciais também influi na migração destes bichos.