Aproximadamente 700 pessoas foram contratadas; Bloco Oba! fez o pagamento de seus funcionários
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Bloco Oba! fez o pagamento ontem de seus aproximados 700 funcionários temporários, durante o Carnaval. Pessoas como Ângela Martins, de 36 anos, diarista, que vê uma possibilidade de aumentar sua renda com a festa. Ela trabalhou pela primeira vez no bar do Bloco Oba!. “Gostei de trabalhar e vou usar o dinheiro para pagar o aluguel de casa”, disse.
Luís Carlos da Silva, de 43 anos de idade, vendedor, vai colocar na poupança o dinheiro que ganhou trabalhando no bar do bloco. “Vou juntar para comprar uma moto”, falou.
Um dos organizadores da festa, Alexandre Silvares, o Maranhão, explicou para o jornal A Cidade que foi contratado pessoas para trabalhar em vários setores, como segurança, bar, montagem de estrutura, técnico de som, reposição de produtos, entre outros. “Damos preferência para cidadãos de Votuporanga. Foi feita uma pré-seleção nos meses anteriores para trabalhar no evento”, disse.
Essas contratações movimentam a economia da cidade. “Tudo que fazemos para a festa, pensamos em comprar do município. A empresa de segurança foi daqui, as comidas, tudo para que o dinheiro fique circulando em Votuporanga”, destacou.
Maranhão também falou do fechamento do comércio no Carnaval. “Era importante as lojas abrirem. O folião vem para gastar, tem um poder de compra legal. Os estabelecimentos que abrem neste período, lucram bastante. Até os pesqueiros da região ganharam dinheiro”, complementou. O organizador citou ainda o setor hoteleiro e o imobiliário, que ficam aquecidos com a vinda de turistas.
Da mesma opinião de comércio aberto, compartilha o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini. Ele acredita que a negociação deve ser feita com antecedência para que os comerciantes fiquem com suas lojas abertas. “Não adianta fazer reunião no final do ano. Os empresários precisam privilegiar datas comemorativas”, afirmou para o jornal A Cidade.
Diogo explicou que o comércio poderia ficar aberto na segunda-feira depois do almoço. “Queremos que o comerciário também participe do evento. Mas com as lojas abertas, podemos fazer uma grande divulgação regional, para recepcionar melhor os turistas”, disse.
O secretário contou que cada turista traz para Votuporanga, em média, R$ 1500. “Isso movimenta a economia, principalmente a área de comércio e de prestação de serviços. O comércio está acostumado com a renda do município e não se prepara para o que vem a mais. Mas, entendo que mudar a cultura não se faz de um dia para o outro”, finalizou.
Outro lado
Por sua vez, a presidente do Sincomerciários, Maria Augusta Lia Caetano, disse que os comerciários não trabalharem no Carnaval é uma conquista,. "Foi um acordo do comerciante com o seu funcionário. Eles trabalham no final do ano até as 22h e tem o direito de descansar", destacou.