O secretário votuporanguense explicou aos internautas que o manifesto foi contra a pressão do Ministério Público
Da Redação
O secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini, recebeu destaque nacional após publicar um manifesto e conceder este mês uma entrevista ao vivo na internet, no endereço www.noticiasagricolas.com.br, falando sobre o produtor rural e a questão do meio ambiente.
O documento em questão é o mesmo que foi lido na presença do Curador do Meio Ambiente e do Comandante da Polícia Ambiental, em fevereiro do ano passado, um desabafo em nome da Associação dos Produtores Rurais da Microbacia do Córrego do Marinheirinho, então dirigido às autoridades envolvidas no processo de recuperação ambiental das áreas de APPS.
O secretário votuporanguense explicou aos internautas que o manifesto foi contra a pressão do Ministério Público para que o produtor rural assinasse o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). “Foi um desabafo do homem do campo, uma vez que ele quer preservar o meio ambiente, mas precisa do apoio das entidades representativas do setor para não pagar a conta sozinho”, disse.
Diogo salientou que “no acordo assinado em Votuporanga, intermediado pela prefeitura junto ao MP e Polícia Ambiental, conseguimos a inclusão de uma observação de que o TAC acompanharia a legislação brasileira, no caso o novo Código Florestal e que, se isso não acontecesse, o produtor teria sérios problemas”. Ele conta que “se o termo fosse assinado sem esta observação, o produtor poderia ser autuado e, como estamos buscando recursos para auxiliar os agricultores a recuperarem o meio ambiente em suas propriedades, isso se inviabilizaria diante do registro de autuações”, afirmou.
O jornalista destacou que manifesto “é uma aula de defesa da produção de alimentos neste país”, e chamou a atenção para o trecho em que se diz que “os Produtores Rurais (...) com certeza, por ignorância e dificuldades em interpretar a legislação brasileira, sentem-se um tanto desamparados e ameaçados diante das exigências a eles impostas. O homem do campo não tem hábito de frequentar fórum e delegacias”.