Leidiane Sabino
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No início deste ano, a vacina Hepatite B passou a ser oferecida a todas as pessoas com até 29 anos, 11 meses e 29 dias, recomendando que seja verificada a situação vacinal anterior, iniciando ou completando o esquema. Em Votuporanga, a vacina pode ser encontrada nas Unidades de Saúde e na Secretaria Municipal de Saúde, com exceção a Unidade de Saúde do bairro Paineiras "Carmem Martins Maria Moretin" e da Vila América "Dr. Danilo Alberto V. Medeiros". O horário de funcionamento é das 7h às 17h.
Até então oferecida até pessoas de 24 anos apenas, a Secretaria de Estado da Saúde começa a disponibilizar, pelo SUS, também às pessoas que possuem entre 25 e 29 anos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, um em cada três paulistas com idade entre 15 e 19 anos ainda não foi imunizado contra a hepatite. Em Votuporanga, ainda há pessoas que não foram vacinadas contra a hepatite B, com a campanha iniciada junto aos meios de comunicação, as pessoas têm procurado a vacina.
Danieli Fortilli, enfermeira responsável pelo setor de imunização da Secretaria de Saúde de Votuporanga, explicou que devem ser vacinadas as pessoas de até 29 anos de idade. Acima dessa faixa etária, somente as pessoas que fazem parte do grupo de risco descrito abaixo:
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; auxiliares de necropsia dos Institutos de Medicina Legal; carcereiros de delegacias e penitenciárias; caminhoneiros; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; comunicantes domiciliares de portador do vírus da Hepatite B; comunicantes sexuais de portadores do vírus de Hepatite B; doadores regulares de sangue; fibrose cística; gestantes; indivíduos com nefropatias crônicas ou dialisados ou síndromes nefróticas; indivíduos portadores de hepatopatias crônicas e portadores do vírus de hepatite C; pacientes com risco de transfusão múltipla em virtude de doença hematológica (hemofilia, talassemia, anemia falciforme); pessoas com doenças de depósito; pessoas com exposição a sangue de portadores de hepatite B; pessoas com práticas homossexuais ou bissexuais; pessoas infectadas pelo HIV ou imunodeprimidos; podólogos e manicures; policiais civis e militares; população institucionalizada (abrigos de menores, psiquiatria); população penitenciária; potenciais receptores de múltiplas transfusões sanguíneas ou politransfundidas; portadores de doenças sexualmente transmissíveis; profissionais de funerárias responsáveis pelos preparos dos corpos; profissionais do sexo; profissionais que exerçam atividade na área da saúde, preferencialmente nos cursos de graduação do setor público ou privado; tatuadores; transplantados e doadores de órgãos sólidos e medula óssea; usuários de drogas; vítimas de abuso sexual; e vítimas de acidentes com material biológico.
Hepatite B
A hepatite B é uma doença infecciosa crônica originada pelo vírus da Hepatite B (HBV). Transmitida sexualmente ou por agulhas com sangue infectado, a doença pode progredir para outras patologias como a cirrose hepática ou o câncer de fígado.
A transmissão ocorre, sobretudo, por meio de transfusões de sangue, no entanto, devido ao rigoroso controle dos bancos de sangue, é cada vez mais rara essa situação. Atualmente, o uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo (camisinha) são as formas mais frequentes de contaminação na população. O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença.
Gestantes portadoras do vírus podem transmitir a doença para os bebês, sendo o momento do nascimento, seja por parto normal ou por cesariana o principal momento de risco para a transmissão.