Jociano Garofolo
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Aconteceu em Votuporanga, na última sexta-feira e madrugada de ontem a maior operação já realizada de fiscalização à Lei Antiálcool e também de menores em situação de risco. Em um trabalho que contou com dezenas de policiais militares, Conselho Tutelar, Ministério Público, Procon e Vigilância Sanitária, cerca de 24 adolescentes foram apreendidos por estarem consumindo bebidas alcoólicas ou por estarem em situação inapropriadas.
A operação foi desencadeada em uma espécie de "caravana", encabeçada pela PM que contou até com o ônibus, utilizado para transportar os menores de idade até o distrito policial. Além das apreensões dos adolescentes em situação de risco, os fiscais aplicaram nove autos de infração à lei 14.592/11- os valores variam de R$1,6 mil a R$ 46 mil. A medida adotada pelo estado de São Paulo proíbe a venda, fornecimento, entrega ou permissão de consumo de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.
Segundo o tenente da PM, Kenji Takebi, a operação foi planejada com a participação dos promotores da Vara da Infância e Juventude. “Foram fiscalizados locais de concentração de jovens e adolescentes em vários pontos da cidade”, disse.
A avenida João Gonçalves Leite, um dos principais foco de denúncia à polícia, foi um dos alvos da operação. Vários jovens estavam em lanchonetes desacompanhados de responsáveis após as 22 horas. Também foram fiscalizados bares, lanchonetes, lojas de conveniência e casas noturnas da região central e da avenida Prestes Maia. A molecada retirada dos ambientes contaminados pelo álcool lotou um ônibus. Todos foram levados ao Plantão Policial. Os pais ou responsáveis assinaram termos de compromisso e podem responder pela negligência.
Segundo a diretora do Procon, Andréa Thome, os comerciantes devem ficar atentos à legislação. “O importante é o comprometimento de todos com o objetivo da lei, que é assegurar a proteção da saúde e da qualidade de vida futura das crianças e adolescentes”, disse. O Procon e a Vigilância Sanitária continuam a fiscalização da Lei Antiálcool em suas rotinas de atuação.
Revolta
A reportagem do jornal A Cidade acompanhou a abordagem em dois pontos fiscalizados. Os adolescentes que eram encaminhados ao ônibus mostraram indignação por estarem sendo retirados do local, mesmo sem estarem consumindo bebidas alcoólicas. "Se a gente vai ser retirada pela PM, porque o dono do lugar nos vendeu ingresso?", questionou uma jovem. (Com informações de Votuporanga Tudo)